Francisco Sousa: A importância do Dia Internacional de Ação 2018 da FSM

Foto: 17º Congresso da FSM realizado na África do Sul em 2016

Ao refletirmos os resultados do processo de globalização econômica que alicerçou o avanço da onda neoliberal no final do século XX, constatamos que as promessas não foram cumpridas porque se por um lado temos um mundo hoje interconectado, do outro ele é radicalmente desigual, inseguro e doente. A injustiça social é infelizmente o principal legado do período e o mais preocupante é justamente a falta de capacidade e de interesse dos mentores da onda neoliberal (aliada ao mercado financeiro) em reverter a situação.

Hoje o capitalismo financeiro, na ânsia de garantir a estabilidade de sua rentabilidade, expropria os diretos básicos, excluindo grupos mais vulneráveis do acesso às políticas públicas e em particular a Seguridade Social. Saúde, Previdência e Assistência social formam historicamente a principal base de sustentação do Estado de Bem-Estar Social na sustentação das políticas econômicas voltadas para o livre-mercado e sempre foram o contraponto colocado frente à lógica do viés marxista da economia, no qual o fortalecimento do Estado e a garantia das políticas públicas de inclusão social demarcam o principal campo de divergência dos dois modelos.

Sensível a essa importante dualidade histórica e em meio aos avanços e a radicalização da economia ultraliberal vigente, a FSM destaca como ponto de reflexão para o Dia Internacional de Ação de 2018 “Garantir a Seguridade Social e Saúde gratuita para todos”. Atenta a esse chamado, a classe trabalhadora internacional une suas vozes aos slogans: Semana de trabalho de 35 horas (7 horas por dia – 5 dias por semana), Negociação Coletiva, Sindicalismo e liberdades democráticas, Solidariedade com o povo Palestino.

Nesse sentido, a União Internacional Sindical de Metalúrgicos e Mineiros (UISMM) vem reforçar a convocação junto aos seus sindicatos de base, para que promovam durante todo o dia atividades junto aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, reafirmando a lógica da unidade na luta da classe trabalhadora contra a desigualdade social, que de forma avassaladora tem causado enormes prejuízos à humanidade em troca da manutenção do modelo capitalista de produção cada vez mais “agonizante”, sem perspectivas de solução e em meio a mais uma crise cíclica de proporções desastrosas para a vida das pessoas.

Contra a Desigualdade; pelo fim do adoecimento e morte no trabalho; por uma Previdência Social Pública e de qualidade; por um Sistema de Saúde universal, equânime e resolutivo; contra a barbárie do capitalismo, sigamos unidos!!

Viva a FSM!

Viva o Dia Internacional de Ação!

Francisco Sousa é secretário-geral da UIS MM e secretário de Relações Internacionais da FITMetal

Os artigos publicados na seção “Opinião Classista” não refletem necessariamente a opinião da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e são de responsabilidade de cada autor.

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