A Federação Sindical Mundial (FSM) divulgou, na última quarta-feira (4), um comunicado para homenagear o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, celebrado no 8 de março.
A organização, que completa 70 anos em 2015, lembrou-se do protagonismo de líderes trabalhistas e da atuação da entidade em defesa de seus direitos.
Leia abaixo a íntegra da nota:
A Federação Sindical Mundial (FSM) saúda as mulheres trabalhadoras em todo o mundo e reafirma o seu empenho na luta pela igualdade real contra a exploração e a barbárie capitalista. A luta que une os homens e as mulheres que trabalham sob as bandeiras dos sindicatos classistas.
Lembramos a luta das costureiras e tecelãs de Nova Iorque, em 1857, que exigiam menos horas de trabalho, salário igual para trabalho igual, condições melhores e mais seguras e liberação completa das redes de exploração.
Lembramos a luta da líder trabalhista Clara Zetkin e das mulheres militantes na Conferência de Copenhagen, em 1910, que dedicaram esse dia a todas as mulheres trabalhadoras em homenagem às lutas das operárias norte-americanas.
Lembramos as lutas de todas as mulheres trabalhadoras nos 70 anos de luta militante e internacionalista da Federação Sindical Mundial que com a sua força e determinação contribuíram para a melhoria das condições das trabalhadoras e dos trabalhadores em todo o mundo.
A luta do movimento operário e do movimento das trabalhadoras trouxe resultados importantes e ganhou direitos significativos ao longo das décadas.
Continuamos hoje, 158 anos depois, enquanto os mesmos direitos estão sob ataque.
Continuamos hoje, porque um século e meio depois, as horas de trabalho estão aumentando contrário ao ritmo do progresso científico e tecnológico.
Continuamos hoje, porque os salários dos trabalhadores e das trabalhadoras estão diminuindo contrário à enorme riqueza que está sendo produzida por nós.
Continuamos hoje, porque ainda no século 21 o direito ao emprego, educação, saúde, previdência social, proteção à maternidade, serviços sociais adequados, a liberdade sindical, a negociação coletiva e a igualdade real ainda não estão completos.
Continuamos, pois o direito à vida pacífica, próspera e segura para nossas famílias e os nossos filhos é continuamente ameaçada pelos mecanismos imperialistas e os monopólios.
Continuamos lado a lado, trabalhadoras e trabalhadores, na mesma luta para todo o que merecemos.
Lutamos pelas vidas que merecemos e não pelas vidas que o FMI, o Banco Mundial, os imperialistas, os monopólios e os empregadores querem que tenhamos.
Nós lutamos ao lado das camponesas e camponeses que trabalham por conta própria para a construção da aliança social contra a exploração e a barbárie capitalista.
Federação Sindical Mundial