Evo pede diálogo com a oposição; governador de Tarija aceita

''Estarei no palácio de governo (em La Paz)'', afirmou em entrevista à imprensa a autoridade de Tarija, onde ocorrem protestos violentos contra o presidente, assim como em outras quatro regiões do país.

Pela manhã, Evo havia solicitado mais uma vez os governadores agrupados na região da chamada ''meia-lua'' boliviana para dialogar e tentar pôr fim à onda de violência que assola o país.

Evo mostrou sua disposição para que não apenas os governadores participassem da reunião, mas também todos os prefeitos dos departamentos envolvidos, assim como representantes dos movimentos sociais, organizações cívicas e sindicais.

O presidente também lembrou que, desde a vitória obtida pelo governo no referendo de 10 de agosto, vem chamando os governadores de oposição ao diálogo, com a intenção de evitar que o país chegasse ao nível de tensão atual.

Empáfia

Apesar de aceitar o convite do presidente Evo para conversar, o governador de Tarija não deixou de lado a tradicional empáfia, ao adiantar sua postura na reunião. Ele disse que esta é ''a última oportunidade para que o país se encaminhe para um processo de reconciliação e deixe para trás o risco iminente de confrontação e da destruição interna que acabaria matando a democracia e rompendo a unidade nacional''.

Cossío declarou que a decisão de participar da reunião com Morales é compartilhada por seus outros colegas de Santa Cruz, Beni, Pando e Chuquisaca, onde os manifestantes bloqueiam ruas e saqueiam prédios públicos.

Exército encerra bloqueios

Tropas militares desbloquearam de maneira pacífica, durante a madrugada, as estradas que levam até os campos petroleiros no sudeste da Bolívia. Os opositores do governo de Evo Morales, entretanto, já anunciaram que pretendem continuar os protestos.

Segundo agência de notícias católica Fides, o primeiro contingente militar chegou de madrugada a Villamontes, 1.350 quilômetros a sudeste de La Paz, e prosseguiu em direção a Yacuiba, onde se encontra a estação de bombeamento de Poncitos.

A presença dos militares na região provocou protestos entre os opositores em Villamontes. Os dirigentes dos movimentos oposicionistas convocaram uma reunião de emergência para decidir suas próximas ações e prometeram manter os protestos "mesmo que custe a vida".

Na quinta-feira, os técnicos da estação de bombeamento foram obrigados a fechar as válvulas do gasoduto, que leva o gás à Argentina, por centenas de manifestantes da oposição que pretendiam ocupar a estrutura.

Esse gasoduto transporta atualmente uma média diária de 1,7 milhões de metros cúbicos de gás natural à Argentina, apesar do contrato assinado entre os dois países prever um volume de 7,7 milhões.

Portal Vermelho

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