Evo Morales conclama classe trabalhadora a combater o imperialismo

Entusiasmo, vibração, solidariedade, internacionalismo estas foram as cores que brilharam no grandioso ato de abertura do “Encontro Sindical Internacional Anti-imperialista”, que ocorreu na última segunda-feira (30), em Cochabamba na Bolívia.

Leia mais: Evo e Mavrikos participam de Encontro Sindical Anti-imperialista

A atividade é promovida pela Federação Sindical Mundial (FSM), Central Obreira Boliviana (COB) e o governo daquele país.
Cerca de mil pessoas oriundas de 22 países participaram da solenidade de inauguração que contou com a presença do presidente boliviano Evo Morales. 

Em sua exposição, o secretário-geral da FSM, George Mavrikos, denunciou a hipocrisia do império estadunidense e seus aliados que, sob o falso pretexto de defender a democracia e os direitos humanos, invadem e agridem nações. “Na verdade, eles buscam o domínio político e o saque dos recursos naturais desses povos”, alertou.

Já o secretário-geral da COB, Juan Carlos Trujillo , reforçou que todos estavam ali para defender unidade da classe trabalhadora, estratégia fundamental para o enfrentamento a essa ofensiva imperialista.

Ovacionado pelos presentes,  Evo Morales afirmou que os atores envolvidos nessa agenda estão fazendo história. Ele destacou que o encontro será não apenas para apresentar reivindicações – mesmo que legítimas das diversas corporações – mas, sobretudo, para enfrentar os inimigos dos povos e em particular da América Latina e o Caribe.

O presidente da Bolívia conclamou a classe trabalhadora para disputar os rumos dessa nova América. “Não permitam retrocessos”, exclamou o Morales ao destacar as ofensivas do imperialismo contra países como a Venezuela e, recentemente, a Argentina no caso dos “fundos abutres”. “O mundo será outro quando governado pelos movimentos sociais”, disse.

Sobre a reivindicação da Bolívia de ter uma saída para o mar, perdida para o Chile durante a Guerra do Pacífico, ele defendeu que “os tratados não são pétreos”, e resgatou o caso do Canal do Panamá que após intensas lutas foi conquistado por aquele país e que portanto, a Bolívia tem este direito. 

De Cochabamba, Bolívia 
Divanilton Pereira – secretário de Relações Internacionais da CTB  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.