Em Cuba, movimentos sociais convocam mobilização contra acordos de livre comércio

Reunidos na capital cubana Havana entre os dias 20 e 22 de novembro representantes do movimento social de todo o continente debateram a realidade da América Latina dez anos após a derrota da Alca (Acordo de Livre Comércio das Américas).

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Para o dirigente da CTB, Augusto Vasconcelos, derrotar este acordo, proposto pelos Estados Unidos, foi uma conquista para a região e deve ser lembrada, no entanto, diante do atual cenário de avanço das forças conservadoras e da direita é preciso manter a unidade.

“O processo de interrupção das negociações da Alca, só ocorreu graças à ascensão de governos progressistas em vários países da América Latina, o que possibilitou fortalecer a integração regional baseada na cooperação e não na subserviência aos interesses norte-americanos”, declarou Vasconcelos em entrevista ao Portal CTB.

Segundo ele, diante da crise internacional do capitalismo “pautas regressivas nos direitos sociais são apontadas como saída pelos conservadores”, denunciou.

Os trabalhadores, disse, não são os culpados pelas dificuldades econômicas em nível global na atual fase do capitalismo, mas são os que mais sofrem com o desemprego e perda de direitos.

O cetebista acredita que para evitar retrocessos e impedir que a direita retome a ofensiva neoliberal o movimento social, junto aos governos progressistas e de esquerda, tem que estar unido em suas lutas, como na campanha continental que culminou na derrota da Alca. 

O próximo Encontro Hemisférico ocorrerá em 4 de novembro de 2016 em Cuba e terá como tema principal a mobilização contra os acordos de livre comércio e as transnacionais, que tanto prejudicam a região.  

No fim da atividade foi aprovada uma declaração final (leia aqui em espanhol) que, entre outros pontos, chamou o movimento social para fortalecer sua luta e ampliar as conquistas e a democracia.

Érika Ceconi – Portal CTB

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