Em abertura do Simpósio Internacional centrais pedem unidade da classe trabalhadora

Com um chamado à unidade da classe trabalhadora mundial foi aberto oficialmente, nesta quinta-feira (1), o Simpósio Sindical Internacional em comemoração aos 70 anos da Federação Sindical Mundial (FSM), no teatro do Novotel Jaraguá em São Paulo.

Na cerimônia de abertura do evento, que ocorre até o dia 3 de outubro, representantes dos cinco continentes fizeram suas saudações iniciais para os cerca de 500 participantes. A atividade segue com debates nesta sexta (2) e será encerrada com um ato mundial anti-imperialista no sábado com a aprovação da Carta do Brasil.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, denunciou as ameaças imperialistas aos povos e manifestou necessidade de unidade da classe trabalhadora. “Diante deste cenário de crise do capitalismo os trabalhadores e os movimentos sociais cobram uma resposta contundente para promover a ruptura com este sistema perverso”, expressou.

Por sua vez, o secretário-geral da FSM, George Mavrikos, afirmou estar honrado em realizar no Brasil, por meio da CTB, a principal atividade em homenagem às sete décadas de atuação da entidade com bandeiras como o fim da exploração do homem pelo homem, pela liberdade sindical, pela negociação coletiva, entre outros direitos da classe trabalhadora, além de suas ações diante das organizações internacionais.

“Compreendemos o valor deste encontro em caráter de denúncia e dos desafios dos povos do mundo. Cuba nasceu pequena e sofreu um embargo por mais de 50 anos, mas nunca se ajoelhou ao imperialismo norte-americano”, expressou o secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC).

Todos os representantes internacionais e nacionais destacaram, em suas intervenções, a necessidade de unidade para seguir lutando contra as guerras e em defesa da paz.

Neste sentido, o representante da central indiana CITU, Tapan Sarma, destacou uma greve ocorrida em 2 de setembro que reuniu milhões de pessoas. Para ele, isso demonstra a necessidade da mobilização popular.

Em nome dos movimentos sociais, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes, afirmou que após 70 anos de existência da FSM e da derrota do nazi-fascismo a humanidade continua ameaçada pelas crises e guerras provocadas pelo imperialismo e seus aliados e denunciou a política de repressão aos refugiados na Europa.

“Estão construindo muros para reprimir estes imigrantes que fogem das guerras. Esta é a cara do capitalismo”, disse, “a união dos povos do mundo e dos trabalhadores é uma resposta para estas políticas hostis”.

Os partidos políticos PSB e PCdoB também participaram da mesa inaugural. “O PSB enaltece este encontro que reúne no Brasil uma grande representação da classe trabalhadora mundial”, disse Vicente Selistre. Já a deputada estadual, Leci Brandão, informou sobre a conjuntura política no país e destacou o fato de ser mulher e negra e ocupar uma cadeira na assembleia legislativa do estado de São Paulo.

Após as intervenções a FSM e a CTB foram presenteadas com objetos simbólicos de cada país. O Ato foi encerrado ao som de “A Internacional”, momento de grande emoção para todos os participantes.

Além dos delegados brasileiros, participaram da mesa representações da Índia, China, África do Sul, Síria, França, Cuba, Paraguai e Egito, pelos movimentos sociais a UBM, Fundação Maurício Grabois e central Intersindical.

Érika Ceconi – Portal CTB
Foto: Cinthia Ribas

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