Sindicalistas mobilizam voluntários contra McCain

Washington, 3 set (EFE) – Mais de dez mil voluntários percorrerão os Estados Unidos na quinta-feira, quando o senador republicano John McCain aceitar a candidatura do partido em St. Paul (Minnesota), para denunciar a política econômica do político, informou hoje a federação sindical AFL-CIO.

"A classe trabalhadora não está contente com a trajetória" do senador McCain em assuntos de sobrevivência econômica, declarou hoje o presidente da AFL-CIO, John Sweeney.

"Enquanto o Partido Republicano pede a McCain em St. Paul para que continue o legado (do presidente George W.) Bush, as famílias trabalhadoras da AFL-CIO visitarão vizinhanças em todos os EUA" para educar os eleitores sobre o que significaria para os trabalhadores uma Presidência de McCain, especificou.

A mobilização dos sindicalistas é parte da campanha lançada pela central sindical, que pretende chegar a mais de 13 milhões de eleitores que pertencem a sindicatos em 24 estados em disputa neste ciclo eleitoral.

No total, os voluntários percorrerão mais de 150 localidades em estados como Ohio, Pensilvânia, Michigan, Minnesota e Wisconsin, para denunciar os planos econômicos de McCain, acusado pelos grupos de esquerda de continuar as políticas do presidente Bush.

Segundo a AFL-CIO, o apoio de McCain a tratados de livre-comércio, à indústria petrolífera e à privatização parcial da Seguridade Social, entre outros assuntos, ameaça o bem-estar dos trabalhadores americanos.

A federação sindical, historicamente aliada com a oposição democrata, pensa também em mobilizar, de setembro até o dia das eleições, em 4 de novembro, outros 250 mil voluntários.

O trabalho incluirá visitas a dez milhões de famílias, 70 milhões de ligações telefônicas e a distribuição de 20 milhões de folhetos publicitários em locais de trabalho.

A mobilização da AFL-CIO é afim com a estratégia da campanha do candidato democrata, Barack Obama, de tachar McCain como alguém que seguirá com as políticas de Bush.

Em conferência telefônica, o principal estrategista de Obama, Robert Gibbs, e o assessor do Comitê Nacional Democrata, Jamal Simmons, reconheceram hoje que os oradores de terça-feira à noite, durante a Convenção Nacional Republicana, elogiaram a obra e figura de McCain.

No entanto, em suas opiniões, demonstraram estar alheios à realidade dos trabalhadores.

A campanha de McCain nega taxativamente as acusações da oposição democrata e grupos afins, e afirma que o plano de Governo do senador inclui estímulos econômicos a curto prazo e medidas fiscais para incentivar a criação de empregos no país.

McCain é, além disso, firme partidário do Tratado de Livre-Comércio (TLC) com a Colômbia, pendente de ratificação no Congresso dos Estados Unidos e que, de acordo com os republicanos, fomentará a criação de trabalhos em ambos os países. EFE

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