Economia cubana encerra 2015 com crescimento de 4% do PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) de Cuba cresceu 4% em 2015, incluindo a participação de todos os setores produtivos nesse resultado, informou o ministro da Economia, Marino Murillo, durante o Conselho de Ministros, nesta segunda-feira (21).

Segundo ele, esse crescimento foi possível porque dispôs de “antecipações de liquidez, contratações adiantadas dos créditos e de sua execução e, além disso, houve uma tendência de baixa nos preços das importações”, explicou em seu relatório.

“Todos os setores produtivos crescem em relação ao ano anterior, mas a agricultura, a indústria açucareira, a construção, o transporte, o armazenamento e as comunicações não alcançaram o que estava planejado”, comentou Murillo, que também é vice-presidente do Conselho de Ministros.

A agricultura, a pecuária e a silvicultura tiveram um crescimento de 3,1%, mas estiveram abaixo do objetivo em dois pontos percentuais, fundamentalmente pela produção de hortaliças, tabaco, leite e arroz.

A indústria açucareira aumentou em 16,9%. No entanto, o previsto era de 5,3 pontos adicionais. O resultado não foi obtido por conta dos baixos rendimentos e do mau aproveitamento da capacidade industrial, devido a “deficiências organizativas”, principalmente.

O setor da construção cresceu 11,9%, não conseguindo cumprir o plano em oito pontos, e entre os motivos destacou a “deficiente preparação técnica” dos investimentos.

Durante a reunião ministerial, a titular da pasta de Finanças e Preços, Lina Pedraza, informou que foi registrado um déficit fiscal estimado em 5,7% do PIB.
Além disso, detalhou que as receitas e as despesas “deram resposta aos níveis de atividade que demandou a economia, não sem tensões orçamentárias”.

Por sua parte, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarita González, indicou que, ao concluir o primeiro semestre do atual exercício, a produtividade do trabalho nas empresas estatais tinha aumentado 30% em relação ao planificado.

Além disso, assinalou que o salário mensal por trabalhador subiu para 696 pesos (equivalentes a R$ 111, aproximadamente), o que representa um crescimento de 12%.

No caso das empresas com perdas, a avaliação ressalta que se reduziram de 245 no fechamento de 2014 a 64 no primeiro semestre deste ano.

Opera Mundi

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