Divisão da GM na Europa anuncia demissão de 3.500 na Opel

O chefe da General Motors (GM) na Europa, Carl-Peter Forster, anunciou que o plano de saneamento da Opel contempla, além da solicitação de ajudas estatais, o corte de mais 3.500 postos de trabalho e reduções salariais.

"Deveremos suportar novos cortes na receita. Além disso, será necessário contar com a redução de, esperemos, não mais que 3.500 postos de trabalho", assinala Forster, em declarações ao jornal alemão "Bild".

Na entrevista, o executivo se mostra favorável a que os quatro estados alemães onde há fábricas da Opel adquiram capital da empresa, de modo a garantir sua sobrevivência.

Forster ressalta ainda que a "GM tem grande interesse na independência da Opel e está disposta a ser flexível no reordenamento da propriedade da empresa".

Apesar da crise, a Opel se tornou a segunda marca que maior número de veículos vende no mercado alemão, com 22 mil negociados em fevereiro e um aumento de 4,2% frente ao mesmo mês de 2008.

Ontem, a GM informou que suas vendas nos EUA caíram 52,9% em fevereiro, com 127.296 unidades, contra 270.423 em fevereiro do ano passado. A venda de caminhonetes sofreu mais, com perda de 55%, enquanto a de veículos leves recuou 50%.

O setor automobilístico se tornou um dos mais afetados por uma crise que começou no setor financeiro e acabou por jogar a economia dos EUA em recessão. O diário americano "The Wall Street Journal" ("WSJ") informou recentemente que conselheiros independentes do Departamento do Tesouro começam a estudar "seriamente" a possibilidade de que as montadoras americanas GM (General Motors) e Chrysler tenham de ser protegidas sob o "Chapter 11", o capítulo da legislação americana que regulamenta as falências e concordatas.

A GM e a Chrysler, outra montadora americana com problemas, apresentaram seus planos de reestruturação ao Congresso, como contrapartida pela ajuda de US$ 17,4 bilhões oferecida a ambas em dezembro do ano passado. As duas empresas solicitaram uma quantia suplementar –US$ 5 bilhões para a Chrysler, que já obteve US$ 4 bilhões, e até US$ 16,6 bilhões para a GM, que já conseguiu US$ 13,4 bilhões.

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