Cuba acusa os EUA de intensificar o bloqueio econômico ao país

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, acusou nesta quarta-feira (15) o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de intensificar o bloqueio econômico imposto aos cubanos desde 1962. Parrilla afirmou ainda que ao longo de 48 anos sob severas restrições, Cuba acumulou prejuízo de US$ 751,3 bilhões.

As informações são do Ministério das Relações Exteriores de Cuba. O chanceler reclamou que o bloqueio impede Cuba de “exportar e importar” bens e serviços livremente. O país não pode negociar com o dólar dos Estados Unidos e nem usar bancos estrangeiros ou acesso ao crédito de instituições norte-americanas.

Parrilla disse que o bloqueio econômico tem efeitos semelhantes a um “ato de genocídio”. Segundo ele, a gestão Obama não pretende restabelecer relações políticas, diplomáticas nem econômicas com Cuba.

“É claro que o governo dos Estados Unidos não abriga intenção alguma de produzir uma mudança na sua política para Cuba ou cumprir com as resoluções da Assembléia Geral das Nações Unidas pedindo o fim do embargo”, disse o ministro. Segundo ele, o que se observa é um movimento oposto. “Eles [os norte-americanos] seguem com exigências intervencionistas inaceitáveis”.

Parrilla afirmou que é uma ilusão imaginar mudanças no curto prazo nas relações bilaterais entre Estados Unidos e Cuba. Segundo ele, Obama “viola os padrões internacionais básicos”, referindo-se à manutenção do bloqueio mesmo com a recomendação das Nações Unidas para a suspensão das restrições.

O chanceler lembrou que em 2009 representantes de 187 países apoiaram Cuba e rechaçaram a manutenção do embargo ao país. Anteontem (13) o governo cubano anunciou que para promover reajustes na economia interna terá de demitir cerca de 500 mil funcionários públicos e autorizar atividades privadas. A iniciativa é uma inovação no regime em vigência no país desde a Revolução Cubana de 1959.

Com informações da Agência Brasil

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