CTB e movimentos sociais comemoram 10 anos de derrota da Alca em São Paulo

“Temos que comemorar os 10 anos de derrota da Alca, mas também continuar a luta contra os tratados de livre comércio que voltaram a ganhar força na região”, expressou o economista paraguaio Gustavo Codas, durante aula pública realizada no centro da capital paulista, na última quinta-feira (5), no ato que lembrou a data histórica para a América Latina.

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Representantes do movimento sindical, estudantil, de mulheres e moradia, entre eles a CTB, participaram da atividade, que ocorreu na Praça do Patriarca e seguiu até a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), símbolo do capital financeiro e reforçaram a necessidade de estar alerta e nas ruas contra as ofensivas conservadoras.

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Além da aula sobre o tema, o ato contou com apresentações de músicas latino-americanas que ressaltaram a integração regional e das baterias Carlos Marighela e Ritmo de Luta que entoaram palavras de ordem anti-imperialistas. 

Em sua apresentação, Codas lembrou-se de que houve uma reorganização das forças populares e uma articulação na América Latina que culminaram numa campanha continental de luta contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

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Ele informou que com a chegada de governos progressistas na região, as bandeiras populares se fortalecem e permitiram esta vitória.

No entanto, dez anos após esta ascensão dos movimentos sociais, vive-se um avanço da direita e das forças conservadoras em todo o continente. “O imperialismo está pressionando, através das dificuldades econômicas de cada país, para tentar derrotar a resistência e as conquistas alcançadas pela população”, alertou Codas.

Ele citou como exemplo a tentativa de os Estados Unidos implantarem novos tratados de livre comércio bilaterais, que subordinam os países em questões que vão desde os direitos da classe trabalhadora até a proteção da propriedade intelectual como o Acordo Trans-Pacífico (TPP), que já foi firmado pelo Chile, Peru entre outros. “É momento de comemorar, mas também de lutar”, concluiu.

Chávez vive

O cônsul-geral da Venezuela em São Paulo, Manuel Vadell, fez questão de comparecer na atividade e foi recebido com todos clamando “Chávez vive, la lucha sigue”.

Ele trouxe uma saudação do atual presidente venezuelano Nicolás Maduro e destacou a importância de realizar ações deste tipo. “Com o avanço das forças conservadoras e da direita neoliberal é muito importante defender nosso processo de integração, este é o único caminho para as classes populares”, frisou Vadell.

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Dirigentes sindicais de várias categorias também foram prestar seu apoio à iniciativa. Pela CTB estavam o secretário de políticas sociais, Rogério Nunes, representando a CTB-SP, Paulo Nobre e Robson Lorono e o presidente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo), René Vicente.

René declarou apoio à greve dos petroleiros “a direita quer atacar e entregar nosso patrimônio, não vamos entregar nossas riquezas aos interesses imperialistas”, exclamou Vicente, “a classe trabalhadora segue de cabeça erguida lutando em defesa dos interesses do país”, expressou.

Após as intervenções, os manifestantes saíram em caminhada pelas ruas do centro até chegar na Bovespa onde o ato foi encerrado.

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Érika Ceconi – Portal CTB

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