Nesta terça-feira (8), o presidente da CTB, Adilson Araújo, e o assessor jurídico Magnus Farkatt representaram a central num encontro com o novo diretor do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Peter Poshen.
Durante sua visita ao país, Poshen, que assumirá o cargo em dezembro, solicitou o encontro com representantes das centrais sindicais brasileiras para se apresentar e ouvir as demandas da classe trabalhadora.
Araújo denunciou a onda conservadora vivida no Brasil. “Diante da prevalência do ajuste fiscal, ganha força os intentos contra a classe trabalhadora com uma agenda voltada para desregulamentar os direitos trabalhistas, institucionalizar o trabalho precário e generalizar a terceirização”, informou o sindicalista.
Para o presidente da CTB, além da crise internacional, os trabalhadores correm risco de perder os direitos conquistados como aumento do salário e renda pela pressão do mercado por políticas de austeridade. “Sofremos a consequência do elemento político que tem criado muitos obstáculos para a retomada do desenvolvimento nacional”, alertou.
Outra ponto abordado pelo sindicalista foi a luta pela regulamentação das convenções 151 e 158 da OIT, a primeira institui a negociação coletiva no setor público e a segunda proíbe demissões imotivadas na iniciativa privada.
Segundo Araújo, implantar um sistema público de emprego que garanta a equidade, salário digno, saúde e segurança estará no centro dos debates provocados pela OIT, que se colocou à disposição e demostrou interesse em aprofundar o diálogo com os sindicatos.
Além da CTB, participaram da atividade a CUT, NCST, UGT e Força Sindical. Pela OIT, a comitiva de Peter Poshen foi composta pelo diretor-adjunto Stanley Gacek e pelo coordenador nacional dos programas de Trabalho Decente e Empregos Verdes, Paulo Sérgio Muçouçah.
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