A classe trabalhadora argentina parou o país nesta segunda-feira (25) contra o acordo firmado entre o presidente Maurício Macri e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para um resgate de US$ 50 bilhões, teoricamente para enfrentar a crise cambial, à qual a política neoliberal de Macri mergulhou o país vizinho ao Brasil na América do Sul.
Esta é a terceira greve geral de 24 horas convocada pelas centrais sindicais argentinas contra o governo de Macri, que tomou posso em 10 de dezembro de 2015. A paralisação atinge todos os setores do trabalho.
A crise argentina vem se arrastando com a política recessiva de Macri – parecida com a de Michel Temer – que fez a inflação atingir dois dígitos e causou grande desvalorização da moeda do país, o peso. Além de alto índice de desemprego, que ultrapassa os 9% da população economicamente ativa.
De acordo com os sindicalistas, mais de um milhão de pessoas paralisaram dando uma demonstração de força do movimento sindical e de grande descontentamento da população.
A greve atingiu serviços como transportes, escolas, bancos, coletas de lixo e postos de gasolina, chegando a afetar os voos que partiriam para o Brasil. Cidades como São Paulo, Guarulhos, Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, tiveram voos cancelados.
A paralisação teve a adesão da Central Geral dos Trabalhadores (CGT), da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA) e a CTA-Autônoma. Partidos de esquerda de oposição convocam os trabalhadores a uma concentração às 11h da manhã no Obelisco, localizado na avenida 9 de julho de Buenos Aires.
Portal CTB com agências. Foto: Eitan Abramovich/AFP