OIT: dirigente da CTB diz que “lista” pressiona governo e é passo importante na defesa de direitos

Centrais na OIT: da dir. para esq., Carlos Muller (CTB), Antonio Lisboa (CUT), Eduardo de Souza Maia, Sebastião Soares e Geraldo Ramthun (NCST)

O secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, Carlos Augusto Muller, está em Genebra, na Suíça, participando da 107ª Conferência Internacional do Trabalho, da OIT, que começou no dia 28 de maio e vai até 8 de junho.

CTB participa da 107ª Conferência Internacional da OIT na Suíça

Ele encaminhou na conferência, junto com representantes de outras centrais sindicais, a denúncia de que o Brasil está descumprindo convenções com as quais se comprometeu como um país membro da OIT. 

A denúncia foi analisada pelo Comitê de Peritos da organização e incluída no rol dos assuntos prioritários para debate na conferência. Em decorrência da denúncia, o Brasil entrou para a lista dos 24 países com as mais graves violações a normas internacionais do trabalho. O tema será amplamente discutido na próxima segunda-feira (4), informa Muller, de Genebra. 

“A inclusão do Brasil na lista de 24 países que serão intensamente analisados na OIT nos próximos dias, em decorrência das evidências de violação de convenções internacionais, representa um passo importante em nossa caminhada de reconquista dos direitos usurpados na aprovação da chamada ‘reforma” trabalhista'”, diz Muller.

Para o dirigente, este avanço é resultado da ação coordenada das centrais sindicais, que fortaleceu a unidade dos trabalhadores na ação de defesa dos interesses da classe trabalhadora. “Isto demonstra de forma inequívoca que juntos somos mais fortes e temos possibilidade de alcançar conquistas relevantes”.

Muller, que é marítimo, diz que na visão da categoria, a inclusão do Brasil na lista pressiona o governo brasileiro e o constrange internacionalmente, mas está longe de resolver os problemas que o país enfrenta.

“A OIT é uma agência especializada da ONU, em que estas questões são tratadas tecnicamente. A nossa luta para restabelecer o respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros deve ser travada, de forma vigorosa, no Brasil, com efetiva participação de todos trabalhadores, até alcançarmos a revogação desta reforma anti-trabalhista”.

A conferência reúne 5,7 mil delegados de 187 países, representantes de trabalhadoras, empresas e governos. 

Portal CTB

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