Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela divulga manifesto em apoio à Assembleia Constituinte

No último domingo (30), mais de oito milhões de venezuelanos foram às ruas para eleger os 537 membros da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) convocada pelo presidente Nicolás Maduro.

Dirigente da CTB avalia eleição de Assembleia Nacional Constituinte na Venezuela

Apesar do boicote e uso da violência pela oposição, o povo demonstrou sua vontade. Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Divanilton Pereira, este resultado “abre novas possibilidades para o projeto bolivariano e, ao mesmo tempo, reforça a nossa resistência contra os intentos imperialistas”, sublinhou o dirigente.

Para respaldar o processo e informar sobre o que de fato ocorre na Venezuela, a CTB e mais 26 organizações do movimento social, partidos políticos e fundações criaram o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela e lançaram um manifesto na terça-feira (1º).

Os interessados em assinar o documento devem enviar as adesões para o email: [email protected] até a próxima terça (8).

Leia abaixo a íntegra:

       Manifesto pela Paz na Venezuela 

O povo venezuelano, livre e soberano, retomou em suas mãos o poder originário, elegendo massivamente representantes para a Assembleia Nacional Constituinte.
Mais de oito milhões compareceram às urnas, apesar do boicote e da sabotagem de grupos antidemocráticos, em um processo acompanhado por personalidades jurídicas e políticas internacionais que atestaram lisura e transparência.

Todas as cidades, classes e setores estão presentes, com seus delegados, na máxima instituição da democracia venezuelana.

A Constituinte é o caminho para a paz e a normalidade, para retomar o caminho do desenvolvimento e da prosperidade, para superar a crise institucional e construir um programa que reunifique a pátria vizinha.

De forma pacífica e democrática, milhões de cidadãos e cidadãs disseram não aos bandos terroristas, às elites mesquinhas, aos golpistas e à ingerência de outros governos.
Homens e mulheres de bem, no mundo todo, devem celebrar esse gesto histórico de autodeterminação da Venezuela, repudiando as ameaças intervencionistas e se somando a uma grande corrente de solidariedade.

Também no Brasil se farão ouvir as vozes que rechaçam a violência e a sabotagem contra o governo legítimo do presidente Nicolás Maduro.

Qual moral tem um usurpador como Michel Temer para falar em democracia, violando a própria Constituição de nosso país, ao adotar posições que ofendem a independência venezuelana?

O Brasil não pode passar pela infâmia de se aliar a governos que conspiram contra uma nação livre e se associam a facções dedicadas a tomar o poder de assalto, apelando para o caos e a coação.

Convocamos todos os brasileiros e brasileiras à defesa da democracia e da autodeterminação de nossos irmãos venezuelanos, ao seu direito de viver em paz e a definir o próprio destino.

Repudiamos as manobras de bloqueio e agressão que estão sendo tramadas nas sombras da Organização dos Estados Americanos (OEA), sob a batuta da Casa Branca e com a cumplicidade do governo golpista de nosso país.

Denunciamos o comportamento repulsivo dos meios de comunicação que manipulam informações e atropelam a verdade, para servir a um plano de desestabilização e isolamento.

Declaramos nossa solidariedade ao bravo povo de Bolívar. Sua luta pela paz também é nossa.

COMITÊ BRASILEIRO PELA PAZ NA VENEZUELA

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