Coletivo Internacional da CTB define atividades para 2015

Na última terça-feira (25), o Coletivo Internacional da CTB se reuniu para fazer seu balanço anual e programar as próximas ações para fortalecer a integração regional e a solidariedade internacional da classe trabalhadora.

Para contextualizar a atual situação mundial, o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Abreu (Alemão), abriu o encontro expondo como a crise do capitalismo e medidas neoliberais tomadas por países europeus prejudicam os trabalhadores.

Alemão destacou, em sua fala, a importância da continuidade dos governos progressistas na América Latina que avançaram nas áreas de saúde, educação e social. “A tendência da manutenção deste ciclo é a contraofensiva do imperialismo e da direita”, disse ao sinalizar o crescimento da direita nos últimos anos.

De acordo com o expositor blocos de integração como Unasul, Celac, Alba, Brics, este último criou um banco próprio e um fundo de reserva, são “embriões de uma nova ordem mundial e isso incomoda os Estados Unidos”, disse.

“Sem a luta de massas não há luta anti-imperialista”, enfatizou o secretário. Para ele o papel da CTB e das demais centrais sindicais na organização e mobilização dos trabalhadores é fundamental para manter este avanço.

O vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), João Batista Lemos, concorda com Alemão e acredita que é preciso ter ações políticas concretas em organizações como o Encontro Sindical Nossa América (Esna), que tem encontros anuais com sindicalistas de diversos países da América Latina e Caribe.

“Precisamos fazer chegar os debates e resoluções do ESNA para os presidentes, para garantir este espaço de solidariedade internacional”, frisou Batista. Para o sindicalista tanto o ESNA como as UIS (União Internacional dos Sindicatos) são ferramentas que ajudam fortalecer debates em prol dos trabalhadores.

Resistência

Após a primeira parte do encontro, o secretário-geral UIS MM e secretário de Relações Internacionais da Fitmetal, Francisco Sousa, apresentou seu trabalho na organização e compartilhou experiências internacionais da precarização dos direitos trabalhistas como no caso da Turquia, onde mais de 200 mineiros morreram em decorrência  de uma explosão na mina de carvão em que trabalhavam. Para ele “a Europa olha a América Latina como um foco de resistência dos trabalhadores”.

Balanço

Durante a reunião, o secretário de Relações Internacionais da CTB, Divanilton Pereira, apresentou o balanço deste ano de gestão. Destacando a construção de um banco de dados da secretaria, a criação de um boletim eletrônico e impresso, além de apresentar a agenda contendo os próximos eventos da pasta.

O presidente da central sindical, Adilson Araújo, participou do encerramento do encontro destacando o importante papel que a CTB está desempenhando no cenário internacional. Exemplo disso, segundo Adilson, foi a central ter assumido a vice-presidência da UIS Transporte, em congresso realizado em setembro no Chile, outra demonstração deste protagonismo cetebista é que em 2015 a celebração dos 70 anos da FSM será no Brasil. Esta foi a terceira vez que o Coletivo Internacional da CTB se reuniu.

Portal CTB 

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