Chávez critica capitalismo, defende a Bolívia e quer Mercosul político

O líder da revolução bolivariana, em curso na Venezuela, também fez duras críticas à iniciativa dos EUA de reativar a sua 4º Frota de Intervenção para patrulhar águas sul-americanas. Citando uma reportagem do jornal argentino “Clarín” sobre o significado desta iniciativa do governo Bush, Chávez afirmou que não restam dúvidas de que se trata de uma séria “ameaça” aos povos da América Latina.

“O Mercosul deve perguntar aos Estados Unidos quais as razões disto, o que pretende o império no mar da América do Sul, patrulhando ao redor dos nossos países e podendo estabelecer um vasto controle militar do interior. Não tenho dúvidas de que é uma série ameaça à nossa soberania e especialmente contra os governos e movimentos progressistas da região”, declarou o presidente venezuelano. A 4ª Frota foi criada em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, para combater submarinos nazistas. Em 1950 já tinha perdido o sentido e foi desativada. É considerada pelos especialistas em segurança um instrumento de guerra tão poderoso quanto a 5ª Frota estacionada no explosivo Golfo Pérsico.

Bolívia

Chávez cobrou maior solidariedade à Bolívia. “Os Estados Unidos, em aliança com as forças conservadoras e reacionárias, querem partir a Bolívia em pedaços e ´especialistas´ dos EUA, em entrevista à CNN, já decretaram que o Estado boliviano está falido. As intenções do império, com o auxílio de testas de ferro locais, de dissolver o Estado nacional da Bolívia, são claras, Pedimos pela Bolívia, temos de ajudá-la. Apoiar a Bolívia, hoje, é um imperativo para todos nós”.
Ele argumentou que o Mercosul não pode ficar restrito ao comércio. “É fundamental politizá-lo. Precisamos de mais audácia política para enfrentar os problemas e defender a dignidade dos nossos povos. “

Defesa do socialismo

O presidente venezuelano citou o líder da revolução soviética, Vladmir I. Lênin, para respaldar sua crítica ao sistema capitalista. “Lênin disse que o imperialismo é a fase superior do capitalismo, ou seja é o capitalismo da nossa época, o capitalismo das transnacionais e da especulação”.

“Eu defendo o socialismo, um sistema mais humano, mais justo para os povos. O capitalismo é perverso”, declarou. “Na América do Sul nós precisamos de uma integração mais solidária e baseada no princípio da complementariedade. Devemos nos ajudar uns aos outros”, complementou.

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