Cerca de 20 mil pessoas participam da mobilização de camponeses na capital da Colômbia, nesta segunda-feira (17), o protesto ocorre com o objetivo de reivindicar ao governo o cumprimento dos acordos negociados no âmbito agrário.
Segundo indicaram os camponeses, o modelo econômico colombiano os mantêm imersos na pobreza. A respeito, eles pedem uma mudança nas políticas agrárias e o cumprimento dos acordos alcançados na mesa de negociação com o Executivo que os levou a encerrar a greve agrária de 2013.
Entre outros acordos, em 2013, o governo colombiano comprometeu-se com os camponeses a compensá-los pelas importações dos produtos que eles cultivam.
Pelas redes sociais, com a etiqueta #YoVuelvoALasCalles (eu volto às ruas, em português), os organizadores da mobilização convidaram o povo colombiano para protestar em apoio aos camponeses, além de exigir uma educação digna e de qualidade para este setor.
O dirigente agrário e membro do movimento Marcha Patriótica, Andrés Gil, em declarações para uma emissora de rádio, detalhou que, com a proposta busca, que o presidente Juan Manuel Santos e o ministro da agricultura cumpram os acordos firmados na cidade de Tunja, que permitiram frear a greve de agosto de 2013.
“Se ocorrer o contrário, está previsto legitimar uma proposta de continuidade da greve agrária, mas mais forte e contundente”, expressou Andrés Gil.
A greve realizada em 2013 deixou um saldo de pelo menos oito mortos e mais de 400 feridos. Os camponeses tinham várias exigências, entre elas, reivindicações sociais para a população rural e a implementação de medidas e ações frente à crise agropecuária.
Fonte: TeleSUR