Após Wisconsin, norte-americanos prosseguem na luta por direitos trabalhistas

Milhares de trabalhadores estadunidenses aderiram, no último dia 4 de abril, a uma jornada de solidariedade aos camaradas do estado de Wisconsin – em luta pelo direito ao contrato coletivo e à organização sindical – e contra os cortes orçamentais que se verificam em vários estados do país.

Mais de mil ações foram realizadas em todo o país, segundo relata o periódico “Workers World”. Em Nova York, milhares de sindicalistas concentraram-se em Manhattan e, nos portos de São Francisco e Oakland, na Califórnia, a paralisação foi total fruto da adesão massiva dos estivadores.

Nas áreas da Baía de São Francisco, milhares de pessoas saíram ainda às ruas para exigir que a fatura da crise seja paga pelo grande capital financeiro, e aproveitaram a ocasião para assinalar o 40º aniversário do assassinato de Martin Luther King.

Depois de passarem por várias sedes dos maiores bancos dos EUA, os participantes terminaram a iniciativa com uma concentração junto ao escritório do Federal Reserve de São Francisco.

Em Atlanta, a marcha de homenagem a Luther King e em defesa dos trabalhadores partiu do túmulo do ativista pelos direitos civis e acabou no edifício do Capitólio, e na Carolina do Norte, onde os funcionários públicos não têm direito à negociação coletiva, a adesão à iniciativa foi considerada como um primeiro passo para futuras ações reivindicativas.

Na Filadélfia, ao mesmo tempo que se solidarizavam para com os trabalhadores do Wisconsin, Ohio ou Flórida, estados onde os direitos trabalhistas estão igualmente sob ataque, estudantes e sindicalistas elevaram o tom dos protestos contra os cortes estaduais, particularmente sentidos na educação. Na cidade, os funcionários municipais aderiram à luta manifestando-se à porta dos locais de trabalho durante uma pausa.

Já em Pittsburgh, na Pensilvânia, os trabalhadores concentraram-se frente à sede da EQT, empresa do setor energético que lucrou centenas de milhões de dólares e não pagou qualquer imposto, ao passo que, acusam, os preços dos transportes públicos naquele Estado aumentaram e várias carreiras foram suprimidas. Em seguida deslocaram-se ao escritório do governador, onde contestaram os cortes nos serviços de saúde, e educação, incluindo a diminuição para metade do orçamento das universidades estaduais.

Fonte: Avante!

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