Após morte de ao menos 3.700, moradores deixam Katmandu

O terremoto de 7,8 graus na escala Richter que atingiu o Nepal no sábado (25), seguido por diversas réplicas, já provocou a morte de ao menos 3.700 pessoas, anunciou o Ministério do Interior nepalês nesta segunda-feira (27).

Das vítimas, 1.300 foram registradas apenas nos arredores da capital, Katmundu, uma das mais povoadas do país. Por conta da instabilidade e do caos, milhares de moradores partiram em meio à falta de água e comida, temendo ainda a possibilidade de intensificação de tremores secundários, ocorridos nas últimas horas.

 

O tremor mais forte do país nos últimos 80 anos atingiu ainda nações vizinhas, como índia, Paquistão e Bangladesh. Com saldo de pelo menos 6.500 feridos somente no Nepal, as autoridades buscam corpos nos escombros e tentam estabilizar o fornecimento de energia elétrica.

Segundo autoridades, equipes de resgate estão trabalhando para retirar montanhistas no Everest, montanha mais alta do mundo e um dos principais símbolos de turismo do país, que já teve ao menos 22 mortes anunciadas em virtude da tragédia.

De acordo com o Itamaraty, há registro de menos 79 brasileiros em território nepalês. Por enquanto, não há registro de fatalidades entre brasileiros, mas até a noite de domingo (26/04) a chancelaria tinha conseguido entrar em contato com 60 deles.

Em vista da situação de urgência, o governo nepalês solicitou ajuda humanitária internacional para responder às necessidades da população e realizar os trabalhos de resgate.

O Acnur (agência da ONU para refugiados) afirmou nesta segunda que está enviando ajuda para os desabrigados, com uma série de artigos de primeira necessidade para os que ficaram sem lar. Jornalistas no local testemunharam que milhares estão dormindo nas ruas.

Por sua vez, o PMA (Programa Mundial de Alimentos) indicou que prepara uma operação maciça de ajuda, sem precisar por enquanto a quantidade de comida que será enviada. ONGS humanitárias como Médicos Sem Fronteiras já estão no local com kits médicos para conter a possibilidade de um colapso no sistema de saúde no país.

Opera Mundi 

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