Equador: Últimas pesquisas apontam vitória do ‘Sim’ no referendo

No último dia em que é permitida a divulgação de pesquisas sobre a votação no referendo que aprova a nova Constituição do Equador, as empresas de pesquisa mais reconhecidas do país expuseram seus dados nos meios de comunicação. Restando 20 dias para o referendo, movimentos sociais e políticos realizam atividades para buscar adeptos para a aprovação da Constituição.

A Cedatos e a Santiago Pérez constataram um percentual maior a favor do "Sim", enquanto que a CMS registrou um percentual menor. Essas empresas realizaram consultas em âmbito nacional para verificar a tendência dos cidadãos em relação a seu voto para o próximo dia 28 de setembro. As pesquisas foram realizadas até o dia 6 de setembro nas 24 províncias do país. Em nenhum dos casos, o percentual somado de "Não", nulos e brancos supera o percentual do "Sim".

A pesquisa da Cedatos registrou 55% para o "Sim" e 27% para o "Não". Já na realizada pela Santiago Pérez, os números apontaram 57% para o "Sim" e 23% para o "Não". A CMS registrou 45,96% para o "Sim" e 22% para o "Não". A pesquisa da CMS leva em consideração o número de indecisos, por isso a porcentagem do "Sim" ficou menor.

Outras empresas que realizaram pesquisa com os eleitores também constataram a tendência para o voto no "Sim". A Perfis de Opinião registrou 56,04% de votos para o "Sim" e 29,4% para o "Não". A pesquisa da Informa Confidencial indicou 56% para o "Sim" e 26% para o "Não". Para que entre em vigor, a proposta constitucional deve receber 50% mais um do total de votos do referendo. Há 9,7 milhões de equatorianos inscritos para votar, embora se espere uma presença nas urnas de cerca de 7 milhões de cidadãos.

A poucos dias da realização do referendo, os movimentos sociais e políticos intensificam a campanha pelo "Sim". A Aliança País, que possui mais de 100 sedes na província de Pichincha, onde se localiza Quito, oferece palestras e distribui informações sobre o texto constitucional. Esse movimento, liderado pelo presidente do país, Rafael Correa, realiza concentrações e assembléias em bairros populares do norte e do sul da capital.

O Movimento Popular Democrático (MPD) e os indígenas de PachaKutik também estão mobilizando-se pelo "Sim". Eles vão realizar, nesta semana, visitas residenciais para explicar os benefícios do texto constitucional e ganhar adeptos. Os opositores à aprovação da nova Constituição também realizam caminhadas e se concentram em importantes pontos da cidade para fazer campanha pelo "Não". A oposição é formada por associações de empresários e pelos partidos Democracia popular (DP), socialcristãos, e pela Sociedade Patriótica (PSP).

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