Ecetistas de São Paulo mostram sua força em paralisação de 24h

Mais de mil  trabalhadores dos Correios e Telégrafos de São Paulo promoveram uma paralisação de 24h, que culminou com uma grande passeata contra o excesso de serviços e horas extras, por segurança contra os assaltos e uma PLR decente.

A frente da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE-SP) ficou amarela e azul, na manhã da quarta-feira (25). E não era torcida para a Seleção Brasileira. Eram os trabalhadores dos Correios em dia de paralisação e protesto contra as condições de trabalho na empresa e por uma PLR decente.

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Inúmeros setores tiveram altos índices de paralisação, sobretudo aqueles em que a situação está pior. Esta foi a forma da categoria mostrar para a empresa que não tolera mais a sobrecarga de trabalho e a violência das ruas que recaem sobre eles, e que não aceita uma PLR miserável.

Além da base do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Sintect-SP), também houve paralisação em Bauru e Tocantins. No Rio de Janeiro a paralisação foi aprovada para o dia 26, pois 25 de junho é feriado na cidade.

A paralisação de protesto e exigência de negociação séria veio depois de várias reuniões entre a Direção do Sindicato e a da Empresa para tratar dos problemas de excesso de serviço e segurança. E de várias reuniões que aconteceram na SRTE-SP, com participação direta do Superintendente Regional do Trabalho. Em nenhuma delas a empresa apresentou conclusões. Só deu respostas evasivas e conversou muito, sem chegar a lugar algum.

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Em reunião realizada na SRTE-SP no dia 24 de junho, frente à insistência da ECT em não dar respostas concretas às reivindicações, ficou estabelecido que no dia 25, durante a paralisação, seria realizada nova reunião, para a qual a empresa enviaria dirigentes nacionais com poder de decisão para que fossem de fato negociadas as reivindicações da categoria.

Mas a empresa não enviou um representante da sua direção nacional. Mesmo com a importância da reunião, realizada num dia de paralisação, ela sequer enviou seu Diretor Regional, mas simplesmente um preposto sem poder de decisão para continuar a dar respostas evasivas. Ele resumiu sua participação fingindo explicar detalhes dos investimentos da ECT em segurança e tentando convencer de que as alterações referentes ao SD seriam “benéficas” aos trabalhadores, quando todos sabemos que há exigência de aumento da produção e aplicação unilateral pela empresa.

Quanto à PLR, a situação é similar. A empresa não avança em sua proposta de valores. E para os critérios, apresenta avanços para a PLR do ano de 2013, a ser paga em 2014, mas atrelado à aceitação da categoria de critérios para as PLRs dos próximos cinco anos. O Sindicato e a FINDECT suspenderam a participação na Mesa Nacional de Negociação Permanente até que a empresa negocie a PLR com seriedade e apresente uma proposta decente para a categoria.

A luta continua

Em reunião na SRTE, Elias Cesário, o Diviza, e os diretores Fabrício e Elias Orlando, exigiram  que, enquanto as reivindicações não forem atendidas, a empresa não exija que o trabalhador seja direcionado a áreas de risco, sem nenhuma proteção eficaz, sobretudo no que se refere ao aumento da escolta e à implantação dos chips nas encomendas.

Em breve o Sindicato convocará nova assembleia para avaliar, junto com a categoria, a postura da ECT, e debater a realização de uma nova paralisação, agora de prazo indeterminado, caso a ECT não apresente propostas concretas para nossas reivindicações.

Fonte: Sintect-SP

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