Funcionários da USP e Unicamp mantêm greve

Os funcionários Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram na última segunda-feira (7) manter a greve por tempo indeterminado. Segundo os sindicatos, as assembleias realizadas nas duas universidades aprovaram a continuação da greve por unanimidade. A paralisação na USP já dura 35 dias.

Segundo o diretor de base do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Magno Carvalho Costa, o corte no salário dos funcionários grevistas deixou “a radicalização como única alternativa ao movimento”. “Não vamos recuar e vamos radicalizar. nesta terça-feira (8) faremos uma grande concentração em frente à reitoria da USP, a partir das 8h”, avisa.

Mesmo após quatro reuniões na semana passada entre sindicato e representantes da reitoria, os funcionários da USP e a direção não chegaram a um acordo. “Eles querem tratar da pauta específica da USP, falam que só pagarão o valor descontado do ponto dos trabalhadores parados se a gente suspender a greve, mas nosso objetivo é a isonomia, não vamos suspender a greve sem negociar o aumento igual ao que os professores receberam no começo do ano”, afirmou Carvalho Costa.

Os professores da USP, Unesp e Unicamp receberam aumento de 6% nos salários em fevereiro deste ano e os proventos dos demais funcionários das três universidades não acompanharam. A decisão sobre o aumento é tomada pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp), o qual não atendeu pedido de negociação feito pelos grevistas.

A reitoria sem palavra

Em negociação com o Sindicatos dos Trabalhadores da USP (Sintusp), no dia 31 de maio, a reitoria se comprometeu a restituir o salário descontado dos 1.000 companheiros desde que o Sindicato se comprometesse com a reposição do trabalho acumulado após o fim da greve, o que o Sindicato concordou.

Porém, em nova reunião no último dia 02, os representantes da reitoria mudaram de posição, fazendo uma clara chantagem, declararam que os salários só serão repostos dia 10 de junho, caso a greve acabe dia 7 de junho.

A Assembleia dos funcionários analisou o impasse e, entre as duas alternativas apresentadas: se acovardar e voltar a trabalhar, trocando a greve e todas as reivindicações pelo pagamento dos dias parados, ou manter a continuidade da greve e definir a radicalização do movimento  aprovou, por unanimidade, a continuidade do movimento grevista.


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.