Professores do Maranhão interditam BR e cobram do governo o Estatuto do Educador

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a situação de descaso com a educação pública no estado do Maranhão, educadores da rede de ensino interditaram, por cerca de 20 minutos, a BR-135, Km 25, na manhã da última terça-feira (7), com uma grande manifestação de protesto, liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma).

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O ato público começou por volta das 10h, com a interdição dos dois sentidos da pista, única via de acesso, por terra, a capital São Luís, no início do trecho conhecido como Campos de Perizes. Diante da paralisação do tráfego, os motoristas que estavam  no local foram conscientizados pelos trabalhadores sobre os motivos da interdição e da manifestação na BR.
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O presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e secretário de Comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres, pediu compreensão dos motoristas e ressaltou a importância do reforço da sociedade na  luta pela educação pública de qualidade. “Muitos trabalhadores que estão impedidos de passar agora têm filhos em escolas públicas e o nosso objetivo é melhorar a educação. Quando outras categorias buscam seus direitos, como os caminhoneiros, os educadores os apoiam”, lembra.

O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, participou das atividades enfatizando que a melhoria na educação pública do estado está ligada à valorização dos trabalhadores, que, por sua vez, está condicionada a imediata aprovação do Estatuto do Educador negociado com o governo.

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Para o dirigente sindical, os educadores não podem ser penalizados, mas sim o governo do Maranhão, por não dar prioridade à pauta dos trabalhadores. “A categoria mais uma vez mostra disposição de luta pela aprovação do Estatuto do Educador, especificamente a proposta que foi discutida entre os trabalhadores e a direção do sindicato. Vamos continuar mobilizados pela garantia do nosso Estatuto”, destaca.

O estatuto é um instrumento importante para os educadores porque nele estão contidas as regras que valorizam a carreira, com melhores salários, ascensão profissional e melhores condições de trabalho. A proposta deve ser aprovada na Assembleia Legislativa, mas até o momento não foi encaminhada pelo governo, o que motivou a  greve dos educadores, que já dura 15 dias.

Além das cobranças pelo Estatuto do Educador, os participantes também exigiam a nomeação dos excedentes do último concurso público do magistério estadual, realizado em 2009, a partir da decisão judicial, que atendeu pedido do Sinproesemma, e manda o Governo do Estado convocar todos os excedentes do certame. De acordo com estimativa da própria Secretaria de Estado de Educação (Seduc) existe uma carência em torno de 8 mil profissionais na rede pública estadual de educação.

Após a interdição do trecho da BR, os trabalhadores voltaram em direção a Ilha de São Luís, atravessando a ponte do Estreito dos Mosquitos, que liga a capital com o restante do estado. Depois, a tráfego voltou ao normal na região.

Fonte: Sinproesemma

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