Sintusp condena postura instransigente do governo estadual

 

Em nota divulgada, o Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), critiram a postura adotada pelo governo de SP e o tratamento dispensado ao trabalhdores e trabalhdoras. Para os dirigentes, a atitude denota a clara criminalização do movimento grevista de trabalhadores e trabalhadoras da USP orquestrado pela Reitoria desta Universidade.

Confira a nota na íntegra:

O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) responsabiliza o governo estadual de Serra/Goldman pela criminalização do movimento grevista de trabalhadores e trabalhadoras da USP orquestrado pela Reitoria desta Universidade. É importante ressaltar que o atual reitor da USP foi indicado pelo governador, apesar de não ter sido o mais votado pela minoria de professores titulares “aptos” a escolher o representante maior da universidade. Essa situação, que não ocorria desde o período da Ditadura Militar, é uma demonstração de que o reitor João Grandino Rodas é um interventor autoritário do governo estadual.

Diante da intransigência do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) com a quebra da isonomia salarial entre docentes e técnico-administrativos, um ataque ao conjunto da universidade, e diante dos discursos racistas e preconceituosos do reitor, o movimento se viu na necessidade de defender seu direito de greve, utilizando-se dos legítimos métodos de luta dos trabalhadores.

No dia 26 de maio tomamos conhecimento de que as ameaças de não pagamento dos dias em greve passaram do comunicado do reitor para a folha de freqüência de alguns trabalhadores da antiga Prefeitura do Campus (atual COCESP) e da Coordenadoria de Assistência Social (COSEAS), assim como o pedido de reintegração de posse do prédio da reitoria que circula em alguns órgãos da imprensa. Estas são claras medidas de coação do movimento, criminalização dos trabalhadores, assédio moral e impedimento do direito de greve.

Repudiamos as medidas do Reitor, avalizadas pelo aristocrático Conselho Universitário (CO), e consideramos que também é responsabilidade do governo estadual de São Paulo, que tem um claro projeto de privatização e terceirização da universidade, como podemos perceber com a crescente presença de fundações privadas nos últimos anos.

Nós, trabalhadores da USP em GREVE, e nosso sindicato, lutamos por uma universidade pública, gratuita e de qualidade, que esteja a serviço da maioria dos trabalhadores e da população que a sustenta com seus imposto, mas que está amplamente excluída da educação superior pública.

Sindicato dos Trabalhadores da USP

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