Sindicato defende acordo que atenda aos anseios dos metalúrgicos de Caxias (RS)

Após a categoria metalúrgica rejeitar, por unanimidade, a proposta da patronal de 9,5% de reajuste em assembleia no último sábado, 13, uma nova negociação entre trabalhadores e patrões aconteceu na manhã desta terça-feira, 16. Durante a nova rodada de negociações, que aconteceu no SIMECS, representantes dos trabalhadores reafirmaram a sua disposição em negociar, desde que a proposta corresponda às expectativas da categoria.

A negociação de hoje contou com a presença do presidente licenciado do sindicato, deputado federal Assis Melo. “Os metalúrgicos merecem um acordo justo, com avanços. Merecem um acordo vitorioso, que garanta mais valorização para o trabalho de quem garante os lucros e o desenvolvimento da economia local. Temos questões importantes como o auxílio-creche, o transporte e o piso que precisam ser melhor avaliadas pelo patronal. A campanha salarial não é só um número. Além do reajuste salarial precisamos garantir também mais direitos para os trabalhadores.“

Nova reunião está prevista para amanhã, quarta-feira.  Com o repúdio dos trabalhadores segue a jornada de lutas dos metalúrgicos com grandes assembleias nas portas de fábrica e algumas paralisações. O recurso de greve não está descartado pela diretoria. Há nova assembleia geral no próximo sábado, 20, às 9h no sindicato.

Os metalúrgicos merecem mais

Após dezenas de assembleias com paralisações nas portas de fábricas realizadas nas duas últimas semanas, dentro da primeira fase da jornada de lutas dos metalúrgicos de Caxias, a classe patronal se dobrou e – nas negociações ocorridas em 05 de julho, melhorou o índice, que chegou a 9,5% de reajuste nos salários. Os trabalhadores estão pedindo 14%. Nas cláusulas sociais também houve avanços, porém ainda tímidos: a diminuição no desconto no transporte, de 5% do salário contratual para 4,5% (a proposta do sindicato é que o transporte seja gratuito); auxílio-creche passaria de 3 anos para 3 anos e 9 meses (a proposta dos metalúrgicos é que seja um direito da criança até os 5 anos) e os pisos da categoria teriam o reajuste de 10%  (a proposta dos trabalhadores é de piso de R$ 1270).

Foto: Fabíola Spiandorello

 

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