Servidores de Ribeirão Preto cruzam os braços em solidariedade

 

Em apoio ao movimento de greve em São Paulo, um grupo de servidores do Fórum de Ribeirão bloqueou a entrada e a circulação de pessoas no saguão do prédio na tarde da última sexta-feira (11). O protesto obrigou a direção do Fórum a dispensar todos os juízes e a cancelar as audiências.

O ato em Ribeirão que culminou com o fechamento do prédio ocorreu como forma de apoio à ocupação do Fórum João Mendes, na capital, por servidores de todo o Estado.

Em Ribeirão, as audiências e os serviços de protocolo e expediente funcionaram normalmente até as 15h, quando se iniciou o protesto.

Os funcionários se concentraram do lado de fora da unidade. Alguns deles, usando nariz de palhaço, ocuparam o saguão impedindo que advogados, juízes e clientes pudessem circular.
Parte dos servidores deitou no chão do setor de protocolo e fechou a passagem.

O diretor do Fórum, o juiz João Gandini, consultou o Tribunal de Justiça em São Paulo, que, como sempre, optou pela falta truculência: orientou a fechar o prédio por falta de condições de trabalho.

“Paralisou tudo. Suspendemos audiências, prazos e mandamos todos os juízes para casa. Tinha pessoas deitadas no chão, não havia como um advogado protocolar processo”, disse Gandini.

A estimativa é que cerca de cem audiências precisaram ser canceladas, das 25 Varas existentes na cidade.

Segundo a direção, 32% dos 700 funcionários do Fórum aderiram à greve, que já dura 45 dias. Já para a Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo), se havia adesão de metade dos servidores à greve, ontem o número chegou a 100%.

Além de Ribeirão, houve a ocupação de fóruns em Assis, Campinas, Osasco, São Bernardo e Carapicuíba, segundo informou o presidente da entidade, Antonio Carlos Capela Novas.
Em São Paulo, um grupo de 15 pessoas de Ribeirão está acampado no João Mendes. Ontem, recebeu um reforço de um ônibus com mais 46 grevistas.

Os servidores do Judiciário querem revisão salarial de 20,6%, reajuste de gratificações e a contratação de mais funcionários nos fóruns.

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