Sem acordo, trabalhadores dos Correios votam nesta terça-feira greve nacional da categoria

Os trabalhadores e trabalhadoras dos Correios e Telégrafos bem que tentaram negociar com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, mas foi em vão.  O esforço dos Sindicatos Unificados (São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru e Tocantins) para conquistar um Acordo Coletivo decente, não surtiu resultados, diante da postura de empresa em não apresentar uma proposta que atenda às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

Diante do impasse criado, dificilmente uma eventual nova proposta de acordo será capaz de impedir a greve dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a partir da meia-noite nesta terça-feira (18). Nesta noite a categoria fará assembleias em todo o País para aprovar a paralisação.

O impasse na negociação e o pedido de liminar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para barrar a paralisação – já iniciada em dois estados (Minas Gerais e Pará) – foram decisivos para a deflagração do movimento. Por considerar as negociações com os funcionários encerradas, a ECT ajuizou dissídio coletivo no TST. A primeira audiência do processo está marcada para amanhã, às 10h30, em Brasília.

Segundo o diretor de Comunicação e imprensa do Sintect/RJ, Marcos Sant´Águida foi protocolado na última segunda-feira (17) – após uma reunião com o consultor do Dieese que acompanha as negociações – uma contraproposta, no intuito de continuar negociando com a direção da Empresa Brasileira de Correios (ECT).  “No entanto, a ECT tenta impor aos trabalhadores um arrocho salarial poucas vezes visto na história. Não querem abrir mão de um reajusto ínfimo de apenas 3%,o que absolutamente não cobre nem de longe a inflação ao longo do ano. Nesta contraproposta os dirigentes sindicais recuaram para um valor de R$ 100,00 incorporados ao salário e mais 5,28% de reajuste. Quanto ao vale alimentação, estão tentando negociar um aumento para R$ 28,00 e vale cesta dos R$ 200,00 propostos inicialmente, para R$ 170,00.Também estão negociando a extensão do benefício do auxílio creche para os homens – uma vez que hoje somente as mulheres tem este direito assegurado. Esta questão visa garantir e fazer valer o princípio da igualdade entre homens e mulheres trabalhadores dos Correios”, destaca.

De acordo com os Sindicatos Unificados, desde o início os trabalhadores dos estados representados demonstraram sua disposição ao diálogo, mas sempre deixando claro que exigiam seus direitos respeitados. “É  com o seu trabalho que a ECT multiplica seus lucros ano a ano, como ela mesma divulga em todos os meios de comunicação. Após todos os esforços realizados pelos Sindicatos Unificados, a manutenção da postura intransigente da ECT, que se nega a apresentar uma proposta que possa ser aceita pela categoria, além da reunificação nacional da categoria, que realiza Assembleias em todo o país no dia 18, o caminho agora é a greve”, destaca Elias Cezário, o Diviza, presidente do Sintect-SP.

Os funcionários pedem 43,7% de reajuste salarial (33,7% de perdas mais 10% de reposição da inflação), além de R$ 200 de aumento linear, R$ 2,5 mil de piso salarial e vale-refeição de R$ 35 por dia. Também reivindicam a contratação de mais funcionários, o fim das horas extras e da terceirização, melhorias no plano de saúde e mudança nos mecanismos de avaliação. A empresa oferece 5,2% de reajuste nos salários e benefícios.

Portal CTB


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