Sem acordo, motoristas mantêm greve em Belo Horizonte

Terminou sem acordo a reunião convocada para debater a situação do transporte público em Belo Horizonte. Durante o encontro, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitanos (Sintram) não apresentou nenhuma proposta aos rodoviários e disse que só deve negociar com os grevistas em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta terça-feira (25).

Mediado pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais, o encontro reuniu membros do Sintram e do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH e região (STTRBH), que organiza a greve iniciada nesta segunda-feira (24). O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) não compareceu à reunião.

Os rodoviários afirmaram que não foram notificados sobre a liminar que determina a presença de 70% da frota nas ruas durante os horários de pico e disseram que vão manter a escala mínima de 30%, mesmo quando tomarem conhecimento formal da decisão.

Entre as reivindicações da categoria está a redução da carga horária de trabalho para 6 horas diárias, o que, segundo o Sintram, é impossível. A alegação das empresas é que a mudança na carga horária representaria um custo de 12% na tarifa, o que é inviável.

Caos no trânsito

De acordo com boletim divulgado pela BHTrans no fim da tarde desta segunda-feira, a paralisação afetou 430.978 passageiros. Por volta das 18h, as estações Barreiro, Venda Nova e Vilarinho estavam totalmente paradas. Na estação São Gabriel, 71,7% das linhas operaram normalmente.

De acordo com o presidente da Coopertáxi BH, Márcio Antônio da Silva, a demanda por táxis, na cooperativa aumentou pelo menos 30% nesta segunda-feira. “Foi o maior sufoco”, explicou Silva. A procura, segundo ele, foi maior na parte da manhã e o tempo de espera em alguns casos ultrapassou 30 minutos, principalmente por causa das condições do trânsito. “O problema não é frota, é a mobilidade. O trânsito deu um nó e a cidade virou um caos”, disse.

A greve foi aprovada na última quinta-feira (20) e vale por tempo indeterminado. Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste salarial de 21,5%, de acordo com a inflação, jornada de trabalho de seis horas, estabelecimento de piso salarial para trabalhadores que vão atuar no Move e fim da dupla função para motoristas, que em alguns casos têm que fazer a cobrança das passagens além de dirigir.

Portal CTB com agências

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