Sapateiros de Campo Bom (RS) participam de plebiscito

 

Mais uma vez o Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom, no Rio Grande do Sul,  demonstra os avanços no processo participativo e democrático de ouvir o que pensa a categoria e seguir as diretrizes apontadas pela mesma.

Como de costume o Conselho Geral da entidade após a Assembleia realizada em maio e que apontou o pedido de aumento de 12%  aos sapateiros e melhorias nas clausulas do Dissídio Coletivo 2010. O Sindicato esteve nas portas de fábrica de 09 a 15 de junho onde coletou votos e assinaturas da categoria sapateira e de forma ampla e participativa 2.259 sapateiros disseram Sim ao pedido de aumento e aos avanços propostos na Assembléia Geral.

Em defesa  da categoria

O presidente em exercício do Sindicato dos Sapateiros, Julio Lopes Luz, destaca  os avanços e a ampla participação dos sapateiros nas decisões da categoria. “O Sindicato de Campo Bom é pioneiro no Brasil nas questões de ouvir diretamente a base, não só neste Plebiscito, mas como no final do ano, a companheirada participa em outro plebiscito, votando de forma livre e soberana, onde e como aplicar o orçamento da entidade no próximo ano. Caminhamos a passos largos rumo ao Sindicato cidadão”, observa Júlio que segue analisando especificamente a questão desde 2010.

“A inflação desde agosto de 2009 até hoje conforme índices do INPC tem um acumulado de 4,18 e nossa data base é primeiro de agosto, ou seja, ainda temos a inflação de maio, junho e julho, e acreditamos que este índice vai ser em torno de 5,5% a 6% e os sapateiros estão pedindo além deste índice mais 6% de aumento real, totalizando 12%. As empresas estão com muito serviço, ou seja, como a gente costuma dizer aqui no Sindicato, o sapato está bombando e chegou a hora do sapateiro receber um aumento justo”, observa Júlio Luz. 

Já a secretaria geral do Sindicato, Jaqueline Dienstmann, salienta que os sapateiros sempre foram sensíveis nos momentos de crise e colaboraram com as empresas e agora está na hora da recíproca ser verdadeira. “Chegou a hora do bom senso prevalecer e acredito que 12% está dentro dos índices possíveis de serem repassados. É importante lembrar, que o nosso Sindicato desde 1994 vinha lutando através do companheiro Vicente no sentido de criar medidas de proteção ao sapato.

Reuniões com ministros, deputados e com o próprio presidente Lula culminaram com a taxação para compra de sapato chinês e isto gerou um escudo de proteção e trouxe reaquecimento do setor.

O Sindicato de Campo Bom continua acreditando que é preciso defender o sapato e o sapateiro”, conclui Jaqueline Dienstmann; secretária geral da entidade.

Fonte: Jair Wingert – Campo Bom/RS

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