
Publicado 22/04/2021 - Atualizado 22/04/2021
Por Anderson Pereira*
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim (MG) e Região, Alex Custódio, defendeu, nessa quarta-feira (21), no Dia do Metalúrgico, um projeto nacional de desenvolvimento para o país. Há anos, o Brasil passa por um profundo processo de desindustrialização.
“Todo país forte, investe na sua indústria. Muito diferente do que vemos no Brasil. Há anos, vivemos um processo de desindustrialização. Precisamos tratar disso nas instâncias superiores. Pressionar os governantes para que coloquem em prática um projeto nacional de desenvolvimento que gere emprego e renda”, disse ele.
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A afirmação do dirigente sindical foi durante a live semanal dos metalúrgicos, transmitida ao vivo nas redes sociais do sindicato e da CTB-MG. O secretário-geral da Central, Gelson Alves da Silva, participou do encontro virtual como convidado.
Silva falou sobre a importância da categoria dos metalúrgicos para a economia do país.
“A categoria metalúrgica tem um papel fundamental na história da luta de classes e no desenvolvimento de qualquer país. São responsáveis pela transformação do ferro e aço em produtos de alto valor agregado”, disse ele.
As negociações coletivas também foram abordadas durante o encontro.
Brasil mais pobre
Reportagem do jornal da USP, divulgada em março deste ano, abordou o processo de desindustrialização no país.
Do início do ano até agora, três gigantes multinacionais anunciaram que vão abandonar o Brasil. A norte-americana Ford deixa o mercado de fabricação de veículos nacional depois de mais de 100 anos. A alemã Mercedes-Benz fecha a única fábrica no Brasil de carros de luxo. A japonesa Sony fecha a fábrica em Manaus (AM) e abandona o mercado de televisores, câmeras e aparelhos de áudio.
No ano passado, 5,5 mil fábricas encerraram suas atividades em todo o País. Em 2015, o Brasil tinha 384,7 mil estabelecimentos industriais e, no fim do ano passado, a estimativa era de que o número tinha caído para 348,1 mil. Em seis anos, foram extintas 36,6 mil fábricas, o que equivale a uma média de 17 fábricas fechadas por dia no período. Os números são de um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o Estadão/Broadcast.
Com informações do jornal da USP
Créditos da foto: Arquivo/Carta Maior