Mulheres se capacitam para enfrentar a violência de gênero em Sergipe

Trinta mulheres trabalhadoras rurais, lideranças sindicais e de base, e de organizações sociais participam da Oficina Estadual de Capacitação das Margaridas no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do campo e da floresta no Aracaju Praia Hotel, na Orla da Atalaia da capital sergipana.
Nos três dias de realização da oficina, as mulheres farão um debate sobre a violência de gênero em Sergipe, conhecerão as estratégias de enfrentamento, avaliarão a atuação do Fórum Estadual de combate a violência e utilização das duas unidades móveis de atendimento em situação de risco.

Representantes da Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres de Sergipe (SEPM), Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Sergipe (Fetase), CTB -SE e Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) farão palestras da oficina.

Edinalva Santos Silva dos Prazeres saiu de Japoatã para participar do encontro. Como representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, ela reconhece que a oficina é fundamental para a organização das mulheres do campo.

Políticas

“A gente vem da base para expressar nossas dificuldades em lidar com essas questões da violência e, também, para ouvir o relato de nossas companheiras. Unidas, nós seremos ouvidas pelo Governo que tem que implantar políticas que permitam nossa gente viver melhor”, afirma.
Maria da Conceição Feitosa, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Japaratuba, teme pelo aumento da violência no campo. “As drogas estão se espalhando também no Interior, e os estupros que acontecem deixam a gente assustada. Elas são responsáveis pelo aumento da violência contra a mulher. Antigamente, o homem agredia por causa do machismo. Hoje, ele faz isso também por causa das drogas”, salienta.

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A trabalhadora rural diz que as mulheres devem conhecer os seus direitos e onde buscar ajuda, apesar de admitir que, no campo, o medo ainda impera. “A gente fica sabendo de muitos casos, mas ainda se sente constrangida de falar alguma coisa. É como se a gente estivesse se metendo onde não deve”, comenta.

A Oficina Estadual de Capacitação das Margaridas no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do campo e da floresta teve início nesta quarta-feira (2) e prossegue até a sexta-feira (4).

Fonte: CTB-SE

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