Metalúrgicos de Minas Gerais relatam intransigência patronal ao TST

Na última terça-feira  (12), realizou-se em Brasília uma audiência solicitada pelo deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Carlos Alberto Reis de Paula. O presidente da CTB-MG e da Fitmetal, Marcelino Rocha, também participou do encontro. 

Durante a reunião, denunciou-se a truculência e a intransigência patronal do estado de Minas Gerais na campanha salarial unificada dos Metalúrgicos da Fitmetal/CTB, FEM, CUT e Femetal. Marcelino Rocha declarou que o presidente do TST já sabia da situação e ouviu atentamente às demandas e se dispôs a acompanhar os desdobramentos desse caso e ajudar no que for necessário.  

No dia 4 de novembro, durante o ato público realizado em frente à Stola do Brasil, em Belo Horizonte, que contou com a participação do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, do Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Contagem, CTB, CUT e de dirigentes de sindicatos dos metalúrgicos do interior do estado, os trabalhadores foram duramente reprimidos pela polícia. Cerca de 250 mil metalúrgicos em Minas Gerais estão há mais de três meses aguardam proposta de reajuste salarial.

Solidariedade 

Em solidariedade à luta dos trabalhadores em Minas Gerais, a Direção Executiva da CTB emitiu, no último dia 31 de outubro, uma nota na qual repudia a instransigência das empresas mineiras com os trabalhadores. 

Confira abaixo a íntegra da nota: 

A Direção Executiva da CTB, em sua 14ª Reunião, manifesta sua solidariedade aos metalúrgicos e metalúrgicas do estado de Minas Gerais, em virtude da recente decisão da Justiça de Betim (MG), que por pedido da FIAT Automóveis concedeu uma liminar garantindo o interdito proibitório que inviabiliza qualquer tipo de manifestação democrática ao longo da BR-381. 

A CTB, na condição de uma central sindical democrática e classista, repudia esse tipo de decisão, neste momento em que se realiza a campanha salarial unificada dos metalúrgicos e metalúrgicas de Minas Gerais. Nesse sentido, o posicionamento intransigente da FIAT (marcada por práticas antissindicais e antidemocráticas) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) cerceia a liberdade sindical assegurada pela Constituição e fortalece a repressão a que a classe trabalhadora é submetida cotidianamente. 

É por conta de decisões como essa que os cerca de 300 mil metalúrgicos e metalúrgicas de Minas Gerais ainda não celebraram a sua convenção coletiva, contrariando a lógica que tem sido vista por todo o país em 2013. 

A CTB está ao lado da classe trabalhadora e reafirma sua disposição de luta diante deste cenário. 

Com informações da Fitmetal 


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