Metalúrgicos de Caxias do Sul protestam ao lado de trabalhadores do grupo Voges

Trabalhadores angustiados pela falta de pagamentos de direitos, alguns com 22 anos de empresa. Essa foi a triste realidade encontrada em frente à empresa Voges, de Caxias do Sul,  na manhã desta segunda-feira (15).

O Sindicato dos Metalúrgicos de caxias do Sul juntamente com trabalhadores e ex-funcionários do grupo se reuniu em frente a unidade no bairro São Ciro para protestar contra a falta de pagamento dos direitos trabalhistas, como FGTS, férias e 13º salário e a atual situação dos trabalhadores do grupo. Além disso, foram discutidas questões referentes ao dissídio.

“Estamos em uma fase de crescimento e de necessidade de mão de obra qualificada, em que estamos lutando pela valorização do trabalhador. Ter que lutar por direitos já garantidos, como o recebimento dos direitos trabalhistas, é um retrocesso, mas o sindicato estará sempre do lado dos trabalhadores. Estamos solidários e não vamos abandonar esses trabalhadores. Sindicato forte é sindicato que luta pelos direitos dos trabalhadores quando estes são ameaçados”, lamenta Leandro Velho, presidente em exercício do sindicato.

Os trabalhadores demitidos da empresa Voges estiveram reunidos com Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e região na última semana com o objetivo de ouvir do jurídico da entidade os encaminhamentos judiciais nesta questão das demissões que ainda não tiveram rescisões. Em contrapartida, o sindicato também adotou uma medida concreta de fazer uma rifa para ajudar os trabalhadores. “Nos próximos dias serão disponibilizados 300 números de rifas de uma moto e uma televisão para ajudar esses ex-funcionários. O valor das vendas ficará integralmente para os trabalhadores. Essa é a forma que o sindicato encontrou para ajudá-los neste momento delicado”, destaca Velho.

O grupo Voges atua na área de produção de motores elétricos, inversores e peças de fundição. No dia 27 de junho, a companhia protocolou no Foro de Caxias do Sul um pedido de recuperação judicial para evitar a falência das empresas que pertencem ao grupo.

Por Fabíola Spiandorello

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