Manifestação do Sintramcat denuncia abuso do Walmart Catanduva (SP)

Publicado 24/04/2013
O Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de Catanduva (Sintramcat), com o apoio da CTB, realizou uma manifestação contra o hipermercado Walmart, na manhã da última terça-feira (22).
A manifestação movimentou a cidade, uma vez que não ficou restrito, apenas, à empresa. Os manifestantes estiveram na porta do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e no Ministério do Trabalho e Emprego, onde seria realizada mesa redonda com representantes do Walmart.
Trabalhadores expuseram faixas com protestos, levaram bandeiras, entregaram panfletos, explicando a causa do movimento, e, na entrada principal do hipermercado, entoaram “gritos de guerra”. “Lutamos para que a categoria seja respeitada, pois ela existe e é necessário reconhecer isso”, afirma o presidente do Sintramcat, Reginaldo Marcelo Borges.
Em frente ao Sincomércio, os manifestantes foram recebidos pelo departamento jurídico da entidade, que afirmou que a empresa precisa cumprir a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada entre o Sindicato do Comércio Varejista e o Sintramcat.
Instransigência da empresa
O Sintramcat tentou, diversas vezes, negociar com a empresa Walmart. Foram três mesas redondas, pedindo o reconhecimento da representação dos movimentadores de mercadorias que exercem as funções de operador de empilhadeira, repositor, conferente, arrumador de carga e ajudante de motorista.
Porém, a empresa se nega e, oficialmente, afirma seguir com rigor todas as Convenções Coletivas de Trabalho da qual ela participa como categoria. “O Sindicato dos Movimentadores de Mercadorias não representa a categoria a qual estamos inseridas”, afirma a direção do Walmart.
Diante deste cenário, o presidente da entidade sindical entende que a empresa defende, descaradamente, o sindicato preponderante e esquece que o Sintramcat é o representante legítimo junto aos trabalhadores da categoria diferenciada da movimentação de mercadorias e está presente em todo o setor econômico, em qualquer segmento.
“Verificamos junto aos trabalhadores da empresa que os mesmos estão submetidos a um processo de fadiga crônica, o que pode gerar doenças, acidentes de trabalho e afetar sua convivência familiar devido aos horários abusivos de trabalho”, salienta Borges.
Ele garante que as reivindicações continuarão e que o Sintramcat levará a situação ao conhecimento da Justiça do Trabalho e do Ministério Público.
Por Livia Gandolfi – Sintramcat