Jornalistas se organizam em ação coletiva contra violência da PM de SP

A direção do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) pretende entrar com ação coletiva por danos morais contra o governo do Estado de São Paulo em razão das agressões aos profissionais de imprensa durante as manifestações contra o reajuste das tarifas do transporte público.

Na manhã da última quinta-feira (20), os jornalistas Fernando Mellis, do Portal R7, Gisele Brito da Rede Brasil Atual e Aline Moraes da TV Brasil, estiveram no Sindicato respondendo à convocação da entidade para analisar as ações judiciais.

Também compareceu a esposa de Sérgio Silva, da Futura Press, que foi atingido por uma bala de borracha no olho, apresenta lesões oculares e fraturas de órbita e tem enormes chances de perda de visão. Participaram também a diretora de Ação e Formação Sindical do SJSP, Telé Cardim e o presidente da Associação dos Repórteres Fotográficos no Estado de São Paulo (Arfoc-SP), Inácio Teixeira.

O presidente do SJSP, José Augusto de Oliveira Camargo (Guto), disse que a maioria dos jornalistas agredidos nos protestos foram vítimas de violência policial. “O governo do Estado, como responsável direto pela PM, precisa ser envolvido na discussão. Nosso departamento jurídico estuda medidas cabíveis”, disse ele.

Já o advogado chefe do Departamento Jurídico do SJSP, Raphael Maia, disse que a entidade efetuará uma ação coletiva por danos morais e que os recursos obtidos com a medida serão destinados a uma entidade de apoio aos jornalistas. “Por enquanto, nenhum dos agredidos pela polícia manifestou interesse em mover ação individual”, disse.

Segundo levantamento do SJSP, 23 profissionais de imprensa foram agredidos durante as manifestações:

Fonte: Sindicato dos Jornalistas de São Paulo

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