Funcionários da Unicamp completam 42 dias em greve e devem retomar vigília

Os trabalhadores da Unicamp completam 42 dias de greve nesta quarta-feira, 23/06, quando realizam nova assembleia para definir os próximos passos do movimento. A greve na Unicamp começou dia 13 demaio, junto com a Unesp. Na USP os funcionários começaram o movimento em 5 de maio.

O objetivo dos trabalhadores é fazer com que o Cruesp (Conselho de Reitores) reabra as negociações, já que limitou-se a anunciar um reajuste de 6,57% sem negociação com os trabalhadores. Para piorar, meses antes os reitores concederam um reajuste de 6% exclusivo para os docentes a título de reestruturação de carreira.

Na Unicamp os trabalhadores realizaram, na última semana, três dias e três noites de acampamento e vigília na frente da reitoria da universidade para pressionar por negociação. O reitor da Unicamp, Fernando Costa, é o atual presidente do Cruesp e tem se mostrado irredutível.

A quebra de Isonomia por parte dos reitores foi rechaçada por funcionários e docentes da três estaduais paulistas. Nesta terça-feira (22) uma comissão de trabalhadores em greve e de diretores do STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) – filiado à CTB e Fasubra – foi recebida pelo chefe de gabinete do reitor Fernando Costa.

Além de reiterar o pedido de retomada das negociações da Pauta Unificada, eles também querem negociar a Pauta Específica com ênfase no auxílio-alimentação e o não desconto dos dias da greve, já que existe ameaça disso ocorrer como ocorreu na USP. o representante da reitoria ficou de encaminhar todos os pontos discutidos e lavrados em ata para o reitor. Nesta quarta (23) há novo encontro para o retorno das reivindicações.

Os trabalhadores da Unicamp aprovaram em assembleia realizada na última segunda-feira (21), o indicativo do Fórum das Seis (que agrega docentes, funcionários e estudantes das estaduais) de levar nova contraproposta para os reitores: aumento de uma referência na Carreira – o equivalente a 5% nos salários – e outro 1% para o segundo semestre, para compatibilizar com os 65 dados só para os professores.

A reivindicação conjunta do movimento apresentada ao Cruesp foi de 16% de reajuste – com vistas na recuperação de perdas históricas acumuladas desde 1991 – e outros R$ 200 fixos com propósito de diminuir a diferença entre o menor e o maior salário da universidade.

Nova vigília

O Comando de Greve dos trabalhadores da Unicamp leva para a Assembleia desta quarta o início de mais uma vigília com acampamento para pressionar o presidente do Cruesp Fernando Costa a marcar uma rodada de negociação com o Fórum das Seis.

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