Trabalhadores da Construção Civil reivindicam reajuste salarial e medidas contra acidentes na BA

A Campanha Salarial 2013 dos trabalhadores da construção está em ritmo de mobilização. Na última terça-feira (05) foi realizada a terceira assembleia, no Largo de São Bento, com a praça lotada. Os operários decidiram realizar a próxima assembleia no próximo dia 22, às 18:30h, no mesmo local. E não está descartada a possibilidade de paralisar as atividades após o Carnaval.

Até o momento os patrões não atenderam às reivindicações da categoria, com reajuste salarial de 14%, cesta básica de R$ 250 e mais saúde e segurança nos canteiros de obras, além de contrapartida aos ganhos obtidos pelos patrões com a desoneração da folha de pagamento. Os empresários apresentaram uma vergonhosa proposta de aumento salarial de 4%, o que é totalmente inviável e os trabalhadores não vão aceitar de forma alguma. Uma nova rodada de negociação entre os trabalhadores e o patronato está marcada para o dia 19 de fevereiro.

O presidente do Sintracom-BA, José Ribeiro, avisa que os trabalhadores estão inconformados nos canteiros. “O que a gente percebe é uma certa morosidade do empresário em aceitar essas condições. Com isso, os trabalhadores têm ficado inconformados”. Só em janeiro, três operários da construção foram vítimas fatais por acidente de trabalho em obras, na Bahia. Esse número corresponde a 75% das mortes que aconteceram durante todo o ano de 2012 (quatro).

Outro ponto que os trabalhadores exigem é a cesta básica. Atualmente é concedida no valor de R$ 90 para quem não tiver nenhuma falta mensal; de R$ 60,57, aos que faltam até duas vezes ou apresentam dois atestados. Quem tem mais de duas faltas ou dois atestados, não recebe. São ressalvadas as ausências por motivo de acidente de trabalho.

O Sintracom alega que o mercado da construção continua em crescimento. As empresas obtiveram ganhos com as medidas do governo federal, de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de materiais de construção e a desoneração da folha de pagamento, que vigora a partir de abril e não foi discutida com as representações sindicais nem beneficia os trabalhadores.

A categoria reivindica que, se as empresas foram beneficiadas e aumentaram seu faturamento, os trabalhadores também recebam essas compensações. Nada mais justo!

A palavra de ordem nos canteiros agora é “mobilização já”, para mostrar aos patrões que a categoria é forte para avançar na luta, conquistar um reajuste digno e outras melhorias econômicas e sociais.

Fonte: Sintracom-BA

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