Em assembleia, marceneiros de SP discutem as eleições

Na manhã desta segunda-feira, 13, o Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo realizou mais uma assembleia, desta vez na empresa Lafer. Na ocasião esteve presente o presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adílson Araújo, que aproveitou a assembleia para fazer um resumo do momento econômico e político do Brasil. A ênfase de sua exposição foi o período eleitoral do 2º turno, no qual disputam os presidenciáveis Dilma Rousseff e Aécio Neves.

Adílson alertou que os trabalhadores não devem esquecer dos avanços obtidos pela classe operária brasileira de 2003 em diante, como o aumento real nos valores do salário mínimo e a regularização das centrais sindicais por todo o país. Disse também que, caso a oposição saia vitoriosa dessas eleições, o povo mais carente e os operários serão os mais penalizados.

Projeto tucano

A preocupação com a vitória PSDBista não é gratuita. Em sabatinas eleitorais, o candidato Aécio já declarou que pretende colocar em seu núcleo econômico de governo o economista Armínio Fraga, que durante a era FHC implementou severas medidas agressivas contra o trabalhador. Foi Fraga que determinou, em meio à crise da década de 90, que a taxa SELIC fosse elevada para históricos 45%, e foi também sua equipe que coordenou a venda das estatais. Nessa campanha, Fraga já declarou que considera o salário mínimo “alto demais” e que considera o desemprego como uma “ferramenta de equilíbrio da economia”. Ele não pretende manter políticas de crédito direcionado se tiver liberdade para mudá-las, o que significaria na prática o fim de programas como a Minha Casa, Minha Vida e os empréstimos de fomento do BNDES.

Quanto aos direitos trabalhistas, Aécio declarou também ser favorável a uma “flexibilização setorial” da CLT, sem entrar em detalhes de como isso seria feito. Considerando que o último governo FHC tentou enterrar a CLT com sua proposta de fazer direitos negociados se sobreporem aos legislados, a afirmação foi mal recebida pelos movimentos trabalhistas.

Por Renato Bazan, com informação do Sindicato dos Marceneiros

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