Divinópolis (MG): sem reajuste há 2 anos, servidores municipais paralisam atividades

Após diversas tentativas de negociação da campanha salarial com o prefeito Gleidson Azevedo (PSC), os servidores municipais de Divinópolis (MG) paralisaram as atividades nesta terça-feira (8/2). Cerca de 200 trabalhadores se concentraram ao longo do dia em frente ao Centro Administrativo do município em ato liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Municipal (Sintemmd) e pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro Oeste (Sintran). O objetivo é que o prefeito reabra as negociações da Campanha Salarial 2022.

A categoria, que não recebe aumento há dois anos, reivindica 15,5% de reajuste – 5,3% referentes a 2021 e 9,63% deste ano. “O prefeito, além de não dialogar com os servidores, ofereceu apenas 9,63% e ainda de forma parcelada”, afirma Rodrigo Rodrigues, diretor do Sintemmd. A proposta, que não foi aceita pelos trabalhadores, incluía o pagamento em duas parcelas – 5% em fevereiro e 4,63% em maio.

Após o ato, os servidores se reuniram em assembleia que contou com a participação da presidenta da CTB Minas, Valéria Morato. Para Valéria, os trabalhadores não estão pedindo aumento, e sim o cumprimento da lei municipal de 2021 – Lei de Recomposição Salarial Automática – que garante a recomposição salarial. “A aprovação da lei foi uma conquista de muita luta e a recomposição salarial é direito do servidor”, afirma.

“Além da previsão legal, fundamentada na lei de Recomposição Salarial Automática  houve uma promessa de campanha por parte do prefeito e da vice prefeita. A necessidade de cumprimento dessa lei foi reforçado pelo Deputado Cleitinho Azevedo, irmão do prefeito. Prometeram, mas não querem cumprir!”, explica Rodrigo.

A Assembleia definiu o prazo de 48 horas para que o prefeito reabra as negociações e convocou os servidores para Assembleia Geral Conjunta da Categoria na próxima quinta-feira, dia 10, às 18h30 no Sintran. Até o momento não houve manifestação por parte da prefeitura sobre a exigência dos servidores.

 

*Por Andressa Schpallir