Centrais sindicais do Mato Grasso do Sul vão a SP participar do Conclat

As centrais sindicais CTB, Força Sindical, CUT, CGTB e Nova Central realização na terça-feira (1º), no Estádio do Pacaembu, em São Paulo – SP, a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora para, numa grande assembléia, reunir dezenas de milhares de dirigentes e ativistas sindicais para discutir e deliberar sobre um projeto nacional de desenvolvimento para o País, iniciativa inédita e histórica que marcará a trajetória do movimento sindical através da afirmação do protagonismo e da unidade dos trabalhadores.

As centrais em Mato Grosso do Sul também participam do encontro. Mais de 500 sindicalistas do Estado viajam em caravana nesta segunda-feira à capital paulista para participar da conferência.

Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical MS, disse que o evento deve reunir mais de 30 mil trabalhadores do País, que irão aprovar um documento contendo as reivindicações da classe trabalhadora. Estas propostas serão entregues posteriormente aos candidatos à Presidência da República.

“Será um encontro histórico, que irá fortalecer a unidade de ação das centrais com definição das propostas da classe trabalhadora voltda para o desenvolvimento”, define Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical nacional.

Ricardo Martinez Froes, presidente da CTB/MS (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), também reforçou sobre a importância histórica desse encontro do movimento sindical brasileiro. Ele esclareceu que a Conferência não tem o objetivo de apoiar este ou aquele candidato. Disse que é preciso ficar claro que o que une as centrais é a elaboração de um programa que será apresentado aos candidatos à presidência da República e que contêm as reivindicações da classe trabalhadora brasileira.

Foram convidados para a conferência as autoridades constituídas – prefeito, governador, presidente da República, deputados e senadores, além de representantes dos movimentos sociais.

Samuel da Silva Freitas, presidente da CGTB/MS (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) também está organizando a viagem de dezenas de sindicalistas de MS ao encontro em São Paulo. Para ele, “é fundamental que sejam organizadas representativas caravanas sindicais de todos os Estados e regiões do Brasil, com trabalhadores do campo e da cidade, da ativa e aposentados, jovens, mulheres e homens, para que nossa Conferência seja uma massiva demonstração da diversidade brasileira e da determinação da classe trabalhadora”

DOCUMENTO

A proposta é que, depois das intervenções dos representantes dessas organizações políticas e sociais, seja aprovada uma Agenda da Classe Trabalhadora – Para um Projeto Nacional de Desenvolvimento com Soberania e Valorização do Trabalho.

O documento, em fase final de elaboração, contém seis eixos estratégicos: 1. Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno; 2. Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social; 3. Estado como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental; 4. Democracia com Efetiva Participação Popular; 5. Soberania e Integração Internacional; 6. Direitos Sindicais e Negociação Coletiva.

Esse documento, que deve ser aprovado pelos trabalhadores na terça-feira, servirá de instrumento para a intervenção dos trabalhadores nas batalhas políticas futuras, com destaque para a sucessão presidencial.

O conteúdo das propostas indica que a imensa maioria do sindicalismo nacional se posiciona contra o retrocesso neoliberal e em defesa da continuidade e aprofundamento das mudanças progressistas inauguradas com o governo do presidente Lula.

O texto será entregue a todos os postulantes à presidência da República, mas há uma clara convergência das lideranças sindicais no sentido de cerrar fileiras em torno de Dilma, liderança política que melhor encarna as demandas atuais dos trabalhadores.

Fonte: Wilson Aquino

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