Centrais se unem ao Dieese e governo para manter empregos dos trabalhadores do Pará

Em parceria com as centrais sindicais (CTB, CUT, CGTB, Força, NCST e UGT) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o governo estadual tentará manter a maior parte dos postos de trabalho gerados pelos grandes projetos no Estado, inclusive, da usina hidrelétrica de Belo Monte, para pessoas que moram no território paraense.

Em reunião realizada ontem pela manhã, entre representantes de seis centrais sindicais de trabalhadores, o supervisor do Dieese, Roberto Sena, e o chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho, ficou acertado que o grupo vai articular junto ao Ministério do Trabalho maior volume de recursos para a qualificação de mão de obra de trabalhadores locais para ser absorvida pela geração de empregos que está prevista nos próximos quatro anos.

Estudos do Dieese e da Federação da Indústria do Pará (Fiepa) estimam que até 2014, 150 mil novos postos de trabalho serão gerados no Estado do Pará pelos projetos liderados pela produção de energia em Belo Monte, além dos ligados ao setor mineral, entre outros, que destacam o Estado do Pará na geração de emprego e renda na região Norte.

A grande luta agora é conseguir articular com o governo federal a expansão do valor destinado à qualificação especializada dos trabalhadores paraenses, preparando-os para assumirem os novos postos de trabalho que estão sendo criados.

A ideia é conseguir que o governo federal destine R$ 100 milhões para qualificação dos trabalhadores locais. Os sindicalistas propõem que o Pará peça reunião com o Ministério do Trabalho para que a proposta de expansão dos recursos seja analisada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). 

O grupo de sindicalistas e o Dieese já se reúne há três anos em negociação com o governo estadual, elaborando uma agenda de pontos comuns para o Estado. Entre eles, a qualificação dos trabalhadores que habitam no Pará, além de outros aspectos como o programa Trabalho Decente, que será lançado esta semana pelo governador Simão Jatene.

O Pará deu salto na geração de emprego em 2010, alcançando um recorde histórico de 54 mil postos de trabalho. Nos dois anos anteriores, como reflexo da crise econômica mundial, menos de 20 mil postos foram gerados no Estado. Em 2010 a economia se recuperou em todos os setores.

Porém, apesar do elevado aumento da geração de emprego, a verba para qualificação dos trabalhadores não acompanhou a tendência de crescimento. O ideal, confirma Sena, é a destinação de R$ 100 milhões para preparação especializada dessa mão de obra local, bem além dos R$ 25 milhões destinados atualmente.

Uma das preocupações do governo estadual é a qualificação de mão de obra, segundo o chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho. “A meta do governo é somar esforços com as centrais sindicais em um projeto comum para o Estado”, explica o secretário. A intenção, explica Coutinho, é que os novos postos de trabalho sejam ocupados pelo maior número possível de pessoas que morem no Pará comprovadamente há pelo menos dois anos.

A intenção é que os novos postos de trabalho sejam ocupados por um maior número de pessoas que morem no Pará comprovadamente há pelo menos dois anos.

Com informações do Diário do Pará

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