Na esteira das negociações por um aumento real do salário mínimo nacional, as centrais sindicais querem deflagrar nos próximos dias um esforço para pressionar por um reajuste também nos pisos regionais. As centrais articulam encontros com governadores para reivindicar uma elevação do vencimento superior à inflação acumulada de 2010, que foi de 6,47% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE. A estratégia visa pressionar o governo federal a elevar o valor do mínimo, fixado em R$ 540 desde o dia 1º de janeiro.
Nesse sentido, a CTB participa junto com as demais centrais na quinta-feira (13) de uma reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin para discutir o reajuste do salário no Estado. Na reunião, que acontece a partir das 08h30, no Palácio dos Bandeirante, a CTB será representada por Pascoal Carneiro e Salaciel Vilela, secretário-geral e adjunto da nacional, respectivamente; e Wagner Rodrigues, secretário-geral da estadual São Paulo.
O reajuste defendido pelas centrais sindicais para o mínimo nacional é de 13,7% sobre o vencimento do ano passado. Na última terça-feira (11), as entidades enviaram ao Palácio do Planalto solicitação de audiência com a presidente Dilma Rousseff para apresentar as reivindicações. Além do salário mínimo, as entidades pretendem apresentar à presidente proposta que eleva o reajuste dado às aposentarias superiores a um salário mínimo e que corrige a tabela do Imposto de Renda (IR) pelo INPC acumulado em 2010.
O piso regional beneficia empregados que não possuam piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo, como açougueiros, jardineiros, trabalhadores rurais, zeladores e empregadas domésticas, etc. Atualmente, o Salário Mínimo regional é implantado nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.