Bancários do Sergipe: bancos demitem e reduzem salários

Os bancos privados fecharam 2.611 postos de trabalho de janeiro a outubro de 2013, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), José Souza o saldo só não foi mais negativo para a categoria porque a Caixa Econômica Federal(CEF) contratou 4.676 bancários e bancárias, no período. José Souza lembra que Sergipe foi um dos estados brasileiros beneficiado com aberturas de agências e contratações de funcionários da CEF. Divulgada na primeira semana deste mês, a pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

Redução da média salarial

“Afora o fechamento de postos, os banqueiros também cometem outras medidas nefastas para a categoria, reduzindo o salário médio para os novos contratados. A remuneração nesse período foi 36,8% inferior à dos que saem. Essa prática de rotatividade da mão de obra e de redução de salários prejudica a nossa categoria e não contribuem com a economia brasileira”, denuncia José Souza.

Os dados do Dieese apontam que o salário médio dos admitidos pelos bancos, entre janeiro e outubro, foi R$ 2.943,95. No mesmo período, o salário médio dos demitidos estava em R$ 4.655,70. “Essa política mesquinha adotada pelo sistema financeiro explica o porquê mesmo conquistando 18,3% de aumento real no salário e 38,7% de ganho real no piso salarial, de 2004 para até hoje, a média salarial da nossa categoria caiu”, avalia José Souza.

Por Déa Jacobina da Ascom SEEB/SE

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