Sergipe: Sindicato dos Bancários e CTB protestam contra alta de juros

Foto: Ascom / SEEB-SE

Os protestos e a pressão nacional para obrigar o Banco Central (BC) a baixar os juros foram reproduzidos em Aracaju pelo Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB-SE) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil nesta quarta-feira (15). O ato foi realizado em frente à agência central do Banco do Brasil, localizada na Praça General Valadão, em Aracaju.

A presidenta do SEEB-SE, Ivânia Pereira, afirmou que, com a taxa de juros abusiva de 13,75%, o BC prejudica não apenas a população, mas impede o desenvolvimento da economia.

“Ora, nenhum empresário vai tomar dinheiro emprestado nessas condições. Os empresários precisam tomar empréstimos para crescer, circular e desenvolver seus negócios. Mas com essa taxa de juros que não tem justificativa, eles vão recuar. E assim, quem ganha são os especuladores, aqueles que vivem da exploração do suor de terceiros, através de aplicações no sistema financeiro. Os especuladores não fazem nada, ficam em frente ao computador olhando a movimentação da bolsa de valores, adquirindo e querendo comprar ações das empresas públicas. Empresas essas que eles vivem dizendo que são trem velho, que não se desenvolvem, que não dão rentabilidade. Mas, tudo que eles querem mesmo é comprar uma empresa pública. Só que agora, no Brasil, as empresas públicas não estão mais à venda, o que é público agora terá de ser do povo. Por isso, em todo o país, os sindicatos da nossa categoria estão nas ruas denunciando que a taxa de juros do Banco Central é uma espécie de ‘bolsa banqueiro’ e que o BC está na realidade legislando para beneficiar os mais ricos, os rentistas e os banqueiros”, afirmou.

Conselho Monetário X Lula

Os protestos acontecem às vésperas da primeira reunião do Conselho de Política Monetária no novo governo federal nesta quinta-feira (16). Rever as metas de inflação tem como entrave o Banco Central, que conta com uma composição do Copom desfavorável ao Governo Lula. “O presidente do BC é Roberto Campos Neto, um bolsonarista assumido e defensor da agenda ultraliberal, que tenta sabotar a possibilidade de retomada do crescimento econômico do nosso país”, afirmou Ivânia Pereira.

Durante as intervenções no ato, os dirigentes sindicais destacaram que as atuais taxas de juros podem empurrar o país para uma profunda recessão, o que inviabiliza a retomada do desenvolvimento sustentável, a reindustrialização do país, não gera emprego e só beneficia os grandes especuladores. Informações da Ascom do Seeb-SE.

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