Bancários do Sergipe debatem estratégias para greve de quinta-feira

O Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/SE) realizou, na manhã desta quarta-feira (18), uma reunião ampliada do Sistema Diretivo do Seeb/SE. Em menos de 24h para o início da greve nacional dos bancários, os diretores trataram de temas relativos à conjuntura econômica e de estratégias organizativas para a deflagração da paralisação, prevista para começar a partir da zero hora desta quinta-feira.

O presidente do Seeb/SE, José Souza informa que a reunião contou com a participação de quase 90% dos diretores do SEEB/SE e de membros da membros da Federação dos Bancários Bahia e Sergipe (FEEB). “Fizemos uma reunião participativa e produtiva. Avaliamos esse encontro como importante, porque contribuiu para unificar o entendimento da justeza da greve”. 

Cenário econômico

No encontro, o economista do DIEESE, Luís Moura fez uma breve explanação sobre o momento econômico que vive o País e apresentou o cenário das negociações salariais trabalhadores. O economista reafirmou que a contraproposta salarial dos banqueiros, de reajuste de apenas 6,1% na mesa de negociação, não reflete os ganhos fabulosos do setor financeiro, no primeiro semestre de 2013. “A proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não justifica, porque não houve queda nos lucros dos bancos. Ao contrário, eles têm uma margem de gordura que podem sim contemplar todas as reivindicações dos bancários”, defende.

Luís Moura também fez crítica ao anúncio do leilão da Prefeitura Municipal de Aracaju(PMA) para tentar vender as contas da PMA, que são gerenciadas pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese). “Com essa licitação, o Banese vai perder de imediato o gerenciamento de R$ 1bi, que é quase o valor do Orçamento do município. Com a licitação, a PMA não vai vender apenas a folha de pagamento dos servidores mais sim a conta bancária do poder executivo municipal”, explica Luís Moura.

Contraproposta pífia

A proposta dos banqueiros foi considerada desrespeitosa à categoria bancária: um reajuste de apenas 6,1% (reposição da inflação prevista) sobre os salários, os pisos, a Participação nos Lucros e Resultados(PLR) e demais verbas de caráter salarial, que sequer repõe a inflação do período de 6,6%.  Da campanha salarial, os bancários querem reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%),  PLR de  três salários e piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese). Veja matéria completa no site.

Reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Fonte: Seeb-SE

 

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