Bancários da Bahia afirmam que “Bancos são os responsáveis pela greve”

O Sindicato dos Bancários explica em nota a greve deflagrada, nesta quinta-feira (19), pela categoria em todo país, dando “nome aos bois”: “a responsabilidade é das empresas” e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Além disso, denuncia o descaso sobre a atual situação de trabalho, saúde e segurança dos bancários. Segundo o sindicato, 21.144 trabalhadores foram afastados, em 2012, por adoecimento, 25,7% por transtornos mentais em “consequência direta da pressão e do assédio moral.”

Leia a nota na íntegra:

Bancos são os responsáveis pela greve

A greve nacional dos bancários começa nesta quinta-feira (19/09) com toda força e a responsabilidade é das empresas. Há mais de um mês a categoria tenta negociar as reivindicações, mas a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não ouve. Pior, mostra que não tem preocupação com a saúde, as condições de trabalho e a segurança.

O fato mostra desrespeito não só com os trabalhadores, mas também com os clientes, afinal a pauta inclui questões de interesse da sociedade, como contratação para prestar atendimento humanizado e de qualidade e a redução das taxas de juros e tarifas, as mais altas do mundo.

O comportamento em todas as mesas foi de intransigência do início ao fim. O Comando Nacional, que representa cerca de 500 mil trabalhadores, entregou a pauta desde 30 de julho. De lá para cá, foram quatro rodadas e em todas as principais reivindicações foram negadas. No final, os bancos ofereceram reajuste de 6,1%, o bastante para repor a inflação dos últimos 12 meses. A categoria quer 11,93%.

Estudo do Dieese comprova que é possível pagar. Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de quase R$ 30 bilhões no primeiro semestre, média de R$ 62,5 mil por empregado. A alta é de 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No quesito emprego, as organizações financeiras terminaram o semestre com média de 22,95 funcionários por agência, queda de 5% sobre os 24,15 de 2012.

A meta é outro problema grave que as empresas se recusam a discutir. A política perversa que transforma bancários em vendedores de produtos e serviços tem elevado o número de doenças ocupacionais, principalmente de cunho psicológico. No ano passado, 21.144 funcionários foram afastados por adoecimento, 25,7% por transtornos mentais, uma consequência direta da pressão e do assédio moral.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia

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