Ato em hospital no Ceará cobra condições decentes de trabalho

 

Nesta terça-feira (02), às 6h30, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará (Sindsaúde) estará no Hospital Waldemar de Alcântara, gerido pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), para cobrar condições decentes de trabalho para os profissionais e, em consequência, atendimento digno à população.

Denunciamos que neste hospital os plantonistas trabalham 12 horas e após cumprir a jornada têm de permanecer por mais duas horas e até dobrar o plantão (mais 12 horas) caso falte outro plantonista.

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) da Unidade de Cuidados Especiais (UCE) são insuficientes e inadequados. Por exemplo, as luvas são todas de tamanho P, independente do porte físico do profissional. O gorro também é uniforme. Só é concedida uma máscara para todo o plantão. Faltam luvas especiais e de tamanho apropriado para os procedimentos corretos.

As profissionais que trabalham na UCE, no horário do intervalo para refeição, são obrigadas a trocar de roupa para adentrarem o refeitório. Como o tempo para refeição é muito curto, ainda ter que trocar de roupa o diminui mais ainda, fazendo até com que alguns profissionais deixem de se alimentar.

Os médicos do hospital são proibidos de atender aos empregados, mesmo em caso de emergência grave. São proibidos até de receitar um medicamento aos empregados.

O empregado que é convocado para trabalhar nos feriados (fora de sua escala normal) não ganha hora extra. Este trabalho extra é compensado com folga cujo dia de gozo fica à escolha da gestão do hospital.

As técnicas de enfermagem são proibidas de fazer registro no livro de ocorrências. Só as enfermeiras têm este direito. Esta proibição vai contra as normas que regulamentam a enfermagem.

Quem se recusa a dobrar plantão ou apresenta atestados médicos é punido no bolso: perde o adicional de assiduidade no valor mensal de R$70,00 e o prêmio de R$27,00 (prêmio de final de semana). Tal punição inibe os funcionários de comunicar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

Perigo para os pacientes!

Há excesso de pacientes por técnico de enfermagem na Unidade de Cuidados Especiais (UCE): para apenas seis profissionais chegam a ter 36 pacientes, o que implica em maior risco aos pacientes e sobrecarga para os profissionais, contrariando as normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) – resolução 293/2004.

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