Assembleia dos professores da BA decide pela continuidade da paralisação

Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (07), os trabalhadores em educação da rede estadualda Bahia decidiram continuar com a greve iniciada em 11 de abril e manter a ocupação na Assembleia Legislativa, iniciada em 18 de abril.

A greve da categoria entra em seu 27º dia, sem perspectiva de acabar, já que não há nenhuma negociação agendada com o governo para solucionar o impasse que mantém a paralisação. Os docentes reivindicam um reajuste de 22,22% ao piso nacional da categoria.

“Nós continuamos abertos à negociação e aguardamos uma convocação do governo para discutir uma solução para o impasse. Até lá, continuaremos em greve e acampados na Assembleia Legislativa. Manteremos também a mobilização com manifestações em todo o Estado, mostrando à sociedade os motivos da nossa greve”, informou a vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia – APLB , Marilene Betros.

No final de semana, os professores fizeram panfletagens no Jardim de Alah, na orla, e no Estádio do Barradão, durante a partida entre os times do Bahia e Vitória, pelas finais do Campeonato Baiano de Futebol, no domingo. No mesmo dia, os docentes realizaram também um almoço com os familiares na sede AL-BA. Outra atividade agendada, é uma caminhada pelo Centro de Salvador na próxima quarta-feira (9), com saída às 9h, do Campo Grande em direção à Praça Municipal.

Os professores reivindicam 22,22% de reajuste, conforme acordo firmado em novembro de 2011 com o governo do Estado, que agora oferece apenas 6,5% de aumento, sob alegação de que não tem como pagar o percentual pedido.

Como parte da estratégia para enfraquecer o movimento, o governo cortou o salário dos professores, após a greve ser decretada ilegal pela Justiça. Ainda assim o movimento continua com grande adesão da categoria em todo o Estado.

Para protestar contra o corte dos salários, os professores realizaram uma grande feira na Praça da Piedade, no Centro, na quinta-feira (3), onde venderam produtos para arrecadar recursos para os professores que tiveram o ponto cortado e para manter o acampamento na AL. “A feira foi um sucesso, com ampla participação da comunidade. O protesto contra a postura do governo com o corte de salário foi válido e ainda arrecadamos algum dinheiro para manter a mobilização”, ressaltou Marilene.

Portal CTB com informações de Eliane Costa

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