Indústria cresce em outubro, mas ainda acumula queda de 6,3% desde janeiro

A indústria continua dando sinais de recuperação, mas ainda está longe de repor as perdas acumuladas ao longo do ano, conforme revelam as estatísticas divulgadas nesta quarta-feira (9) pelo IBGE. O crescimento médio em outubro foi de 1,1%, mas nos últimos 12 meses o setor registra queda de 5,6%. Entre janeiro a outubro o declínio foi de 5,3%.

Leia abaixo a notícia completa do IBGE.

Oito dos 15 locais pesquisados tiveram aumento na produção industrial, de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal. Quatro dessas altas foram acima da média nacional (1,1%) e a maior delas foi no Paraná (3,4%). Pernambuco (2,9%), Santa Catarina (2,8%) e Região Nordeste (1,7%) também superaram a média do país.

As outras quatro altas foram Mato Grosso (1,1%), Ceará (0,5%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (0,4%).

O Rio Grande do Sul (0,0%) repetiu a taxa de setembro e ficou estável.

Já as quedas foram em Rio de Janeiro (-3,9%), Goiás (-3,2%), Espírito Santo (-1,8%), Pará (-1,8%), Amazonas (-1,1%) e Bahia (-0,1%).

Indicadores Conjunturais da Indústria
Resultados Regionais
Outubro de 2020
LocaisVariação (%)
Outubro 2020/
Setembro 2020*
Outubro 2020/
Outubro 2019
Acumulado
Janeiro-Outubro
Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas-1,15,2-8,9-5,8
Pará-1,84,90,1-0,1
Região Nordeste1,7-0,2-5,0-3,8
Ceará0,56,1-9,8-7,6
Pernambuco2,97,22,41,7
Bahia-0,1-6,5-6,9-6,2
Minas Gerais0,41,4-5,8-6,7
Espírito Santo-1,8-7,6-17,0-18,3
Rio de Janeiro-3,9-5,61,42,6
São Paulo0,52,1-8,2-7,3
Paraná3,44,8-6,0-5,2
Santa Catarina2,87,6-7,8-6,8
Rio Grande do Sul0,02,6-9,0-8,2
Mato Grosso1,1-11,7-4,6-4,6
Goiás-3,2-9,60,71,0
Brasil1,10,3-6,3-5,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
* Série com Ajuste Sazonal

As taxas positivas registradas em oito dos 15 locais pesquisados refletiram a ampliação do retorno à produção, após paralisações/interrupções causadas pela pandemia da COVID-19.

Paraná (3,4%), Pernambuco (2,9%) e Santa Catarina (2,8%) tiveram as maiores altas, com o primeiro marcando a sexta taxa positiva consecutiva e acumulando ganho de 51,5% no período; o segundo voltando a crescer após as quedas de agosto (-3,0%) e setembro (-1,1%); e o terceiro acumulando alta de 52,4% no período maio-outubro de 2020.

A região Nordeste (1,7%) também avançou acima da média nacional (1,1%), enquanto Mato Grosso (1,1%), Ceará (0,5%), São Paulo (0,5%) e Minas Gerais (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.

O Rio Grande do Sul (0,0%) repetiu a taxa de setembro último. Entre as quedas, Rio de Janeiro (-3,9%) e Goiás (-3,2%) apontaram os recuos mais intensos em outubro de 2020, com ambos marcando o segundo mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período perdas de 7,8% e 3,3%, respectivamente. Espírito Santo (-1,8%), Pará (-1,8%), Amazonas (-1,1%) e Bahia (-0,1%) assinalaram os demais resultados negativos nesse mês.

média móvel trimestral cresceu 2,4% no trimestre encerrado em outubro de 2020 frente ao nível do mês anterior. Esse indicador ficou positivo em dez dos 15 locais pesquisados, com destaque para o Paraná (5,1%), Santa Catarina (4,6%), São Paulo (3,5%), Rio Grande do Sul (3,4%), Amazonas (2,8%), Ceará (2,3%), Bahia (1,9%) e Região Nordeste (1,8%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-1,2%) e Goiás (-1,0%) assinalaram os recuos mais intensos.

Frente a igual mês do ano anterior, a produção industrial aumentou 0,3% em outubro de 2020, com nove dos 15 locais pesquisados apontando resultados positivos. Vale citar que outubro de 2020 (21 dias) teve dois dias úteis a menos do outubro de 2019 (23).

Santa Catarina (7,6%), Pernambuco (7,2%) e Ceará (6,1%) assinalaram os maiores avanços. Amazonas (5,2%), Pará (4,9%), Paraná (4,8%), Rio Grande do Sul (2,6%), São Paulo (2,1%) e Minas Gerais (1,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção.

Já Mato Grosso (-11,7%) e Goiás (-9,6%) apontaram os recuos mais intensos e Espírito Santo (-7,6%), Bahia (-6,5%), Rio de Janeiro (-5,6%) e Região Nordeste (-0,2%) mostraram as demais taxas negativas no mês.

No acumulado do ano, frente a 2019, houve redução em 11 dos 15 locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (-17,0%), Ceará (-9,8%), Rio Grande do Sul (-9,0%) e Amazonas (-8,9%). São Paulo (-8,2%), Santa Catarina (-7,8%) e Bahia (-6,9%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-6,3%), enquanto Paraná (-6,0%), Minas Gerais (-5,8%), Região Nordeste (-5,0%) e Mato Grosso (-4,6%) completaram o conjunto de locais com queda na produção neste índice.

Por outro lado, Pernambuco (2,4%), Rio de Janeiro (1,4%), Goiás (0,7%) e Pará (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

acumulado nos últimos 12 meses recuou 5,6% em outubro de 2020 e mostrou ligeiro aumento na intensidade de perda frente ao resultado do mês anterior (-5,5%), quando interrompeu a trajetória descendente iniciada em março de 2020 (-1,0%).

Houve taxas negativas em doze dos 15 locais pesquisados, mas em oito as quedas foram menos intensas do que em setembro de 2020. Espírito Santo (de -19,4% para -18,3%), Santa Catarina (de -7,6% para -6,8%), Pará (de -0,8% para -0,1%), Ceará (de –8,2% para -7,6%), Pernambuco (de 1,1% para 1,7%) e Minas Gerais (de -7,1% para -6,7%) mostraram os principais ganhos entre setembro e outubro de 2020.

Goiás (de 3,1% para 1,0%), Mato Grosso (de -3,2% para -4,6%), Rio de Janeiro (de 3,6% para 2,6%) e Bahia (de -5,7% para -6,2%) registraram as perdas mais acentuadas entre os dois períodos.

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